Zooteopoética
entrelugares da animalidade, da religião e da literatura
DOI:
https://doi.org/10.23925/2236-9937.2023v30p108-137Palavras-chave:
Zootepoética, zoopoética, teopoética, animalidade, religiãoResumo
O artigo pretende pensar as coordenadas de um entrelugar em que, na literatura, elementos da religião e da animalidade perfazem um devir – o que chamamos de zooteopoética. Nossa tentativa passa, necessariamente, pelos usos do termo teopoética, mas, de igual modo, pela discussão, ainda que introdutória, das principais questões em torno do surgimento de um “campo/espaço” de reflexão e produção literária derivado da percepção dos limites exíguos dos pensamentos humanista e anti-humanista, algo que nos estudos literários tem sido chamado de zoopoética e se constitui como um esforço para discernir o acontecimento do devir animal em uma zooliteratura ou literatura animal. Posteriormente, tendo isso em conta, a atenção se voltará para a leitura de um poema de Adília Lopes, buscando realizar um experimento crítico para derivar dele os traços de uma zooteopoética.
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