O Ano de 1919

Autores/as

  • Luís Fernando Adriano Carlos Faculdade de Letras, Universidade do Porto (Portugal)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2236-9937.2021v23p35-50

Palabras clave:

1919 na Literatura, Origens da Geração dos “Cadernos de Poesia”, Sophia Andresen, Jorge de Sena, Tomaz Kim

Resumen

Não se pretende caracterizar literariamente o ano do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen, que foi também o do seu amigo Jorge de Sena, personalidade ímpar e cimeira da cultura portuguesa. O objectivo é — além da obrigatória pintura académica de uma cor local que faça sentir o clima artístico da época, pleno de contradições e aporias — equacionar algumas ideias fundamentais que nascem nesse mesmo ano além-fronteiras com o pensamento crítico de T. S. Eliot e se aprofundam com a teoria poética de Roman Jakobson e dos formalistas russos, influenciados pela fenomenologia intencional de Edmund Husserl. Em particular, a despeito do fundo historicista reinante, a inaudita articulação entre a trans-historicidade do fenómeno literário e a sua especificidade intrínseca, que a geração dos Cadernos de Poesia — a que pertencerão estes dois vultos quando atingirem a idade adulta, durante a II Grande Guerra e no pós-guerra — irá integrar dialecticamente numa concepção ética de compromisso da palavra com a dignidade humana sem sacrifício da sua dignidade estética. Esta integração é a marca distintiva de um Terceiro Modernismo, ainda mal compreendido enquanto tal, cujo embrião doutrinário e teórico data de 1919 e que prossegue os caminhos abertos pelos modernistas de Orpheu, The Egoist e Presença.

Biografía del autor/a

Luís Fernando Adriano Carlos, Faculdade de Letras, Universidade do Porto (Portugal)

Doutorado pela Universidade do Porto.

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Publicado

2021-04-15

Cómo citar

Adriano Carlos, L. F. (2021). O Ano de 1919. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 11(23), 35–50. https://doi.org/10.23925/2236-9937.2021v23p35-50