Leodegária Brazília de Jesus
mística e poesia como linguagens da condição humana
DOI:
https://doi.org/10.23925/2236-9937.2024.65330Palabras clave:
Orchideas, Mística, Poesia, CotidianoResumen
Este artigo tem por objeto a obra Orchideas (1928), da poeta goiana Leodegária Brazília de Jesus (1889-1978). O objetivo deste texto é discutir a mística e a poesia do mundo leodegariano. Destacam-se as pertinências epistemológicas do olhar mais atento sobre a obra da pioneira da poesia feminina no estado de Goiás com vista à metacrítica literária e mística de sua segunda obra poética. Utiliza-se dois acessos à fonte primária de Orchideas. 1. A versão da edição integral de 1928 em PDF fac-simile (Biblioteca Central da UFG); 2. A obra integral republicada no livro “Lavra dos Goiases II” (Denófrio, 2019), que também nos serve como fonte secundária em seus diversos comentários aos contextos literários sobre a obra e a poeta conjuntamente com França (1996). Para tal empreitada da base conceitual de mística e poesia destacam-se Maria Clara Bingemer (2020; 2022); Henrique Cláudio Lima Vaz (2000; 2014); Octávio Paz (1982); Giorgio Agamben (2002); Benedito Nunes (2007); Alberto Pucheu (2009). Dessa maneira, faz-se uma pesquisa qualitativa com a técnica de revisão bibliográfica da metacrítica literária da poesia e da mística como linguagens de empréstimo para pensar as dores do mundo sobrevivente no cotidiano possível a partir da poética de Leodegária de Jesus.
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