Vestígios de história da orquestra brasileira em narrativas sobre a colonização
DOI:
https://doi.org/10.23925/2236-9937.2024.64853Palabras clave:
música colonial, orquestra, músico profissional, mestiçosResumen
Este artigo apresenta reflexões sobre a influência dos fatores socioeconômicos do período colonial até o início da República e suas implicações nas condições socioculturais que originaram as primeiras orquestras brasileiras. A partir dos engenhos e das missões, onde cumpriam papel principalmente religioso, os conjuntos musicais coloniais cresceram com as cidades e passaram a cumprir papeis religiosos, cívicos e artísticos. A investigação é dirigida para narrativas e documentos do período colonial brasileiro, buscando descrições, vestígios da atividade musical desde os primeiros anos da implantação da colônia portuguesa. A partir de registros históricos sobre atividades musicais no período colonial, traçamos hipóteses sobre os papeis sociais atribuídos aos primeiros grupos que aqui foram criados. Identificamos fontes que atestam grande participação de mulatos, mestiços indígenas e negros forros ou escravos nos conjuntos musicais do período colonial. Podemos, então, articular indícios de como se iniciou a educação musical no Brasil, associando-os ao processo de formação identitária da música orquestral brasileira.
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