UM PRESENTE NÃO INTENCIONAL DO BRASIL PARA O MUNDO: A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO DE PAULO FREIRE, CINQUENTA ANOS DEPOIS

Autores

  • Ira Shor

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2018v16i4p1341-1348

Palavras-chave:

Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido, justiça social

Resumo

O texto contextualiza, brevemente, o trabalho do diretor de alfabetização Paulo Freire, no governo João Goulart, que culminou com o golpe militar de 1964. Durante os tempos sombrios de ditadura civil-militar, no Brasil, que permaneceram até 1985, foi publicada, pela primeira vez, em 1970, a Pedagogia do Oprimido, influente livro de Freire, nascido para a esperança e a democracia. Proibida no Brasil, essa obra seria lida por milhões de pessoas em todo o mundo. Emergindo de um movimento democrático crescente no Brasil, na década de 1950, a pedagogia de Freire ensinou analfabetos a ler e escrever em apenas 40 horas. Para Paulo Freire, ao longo de sua vida e trabalho, as questões essenciais do seu  livro mais famoso permaneceram: Que tipo de sociedade é essa em que vivemos? É justa, democrática e igualitária? Que tipo de mundo queremos? Como é que vamos chegar lá, a partir daqui? Estas perguntas foram amplificadas em uma escala global, quando uma história triste e um destino trágico forçaram Paulo Freire a sair do Brasil por 15 anos, em um momento de grande vigor de sua vida profissional, durante o qual ele se tornou um presente não intencional do Brasil para o mundo.Poucos livros têm sido tão amplamente debatidos, citados, antologizados, e também usados para a formação de professores mantendo, cinquenta anos depois, um  apelo extraordinário.

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Publicado

2018-12-18

Edição

Seção

Dossiê Temático: "50 ANOS DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO: ler a realidade e construir a esperança"