OS GOVERNOS PETISTAS NA CIDADE DE SÃO PAULO: DA RESISTÊNCIA AO ALINHAMENTO ÀS AVALIAÇÕES EXTERNAS
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i3p1403-1424Palavras-chave:
Avaliação educacional, Políticas educacionais, Ensino municipal.Resumo
Este artigo traz uma análise da trajetória da política de avaliação educacional no ensino fundamental, adotada durante os três governos petistas na cidade de São Paulo: Luiza Erundina (1989- 1992), Marta Suplicy (2001-2004) e Fernando Haddad (2013-2016). Para a realização do presente estudo, optou-se por ter como elemento norteador da análise uma pesquisa documental sobre o tema supracitado, em cada um desses governos. Em seguida, discute-se dois modelos teóricos sobre a avaliação educacional. O texto mostra a avaliação numa perspectiva inclusiva, formativa, dialógica e democrática, além de abarcar ainda a avaliação numa perspectiva da perfomatividade. Esta última valoriza o desempenho dos estudantes, sendo que este modelo vem sendo aprimorado com as políticas de avaliação externa em larga escala. Conclui-se, então, que os dois primeiros governos petistas se aproximaram do primeiro modelo de avaliação. No governo de Marta Suplicy chegou-se a negar a avaliação externa em larga escala, elaborada à época pelo governo federal. Todavia, o governo Haddad adotou uma política de avaliação educacional que manteve práticas do discurso neoliberal como os direitos de aprendizagem, sinônimo de direito à educação, e a avaliação educacional restrita a melhoria dos índices nas avaliações externas.
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