Autonomie et insubordination créative dans l'enseignement des mesures de tendances centrales
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2022v24i3p219-246Mots-clés :
Transgression, Insubordination créative, Éducation statistiqueRésumé
Cette étude fait partie d'une enquête plus vaste, à savoir un mémoire de master. En ce qui concerne les insatisfactions des enseignants, l'une des plaintes récurrentes fait référence aux systèmes d'enseignement standardisés, qui exigent l'exercice de l'autonomie pédagogique pour des actes de transgression et d'insubordination créative, sous l'optique de la justice sociale, comme des moyens éthiques et courageux de briser les paradigmes au profit d'un meilleur apprentissage des élèves. Cette recherche vise à mettre en évidence les actions d'insubordination créative d'un professeur de mathématiques, révélées dans sa pratique d'enseignement avec des élèves de 8e année d'une école de la ville de Niterói, Rio de Janeiro, face à une intervention didactique utilisant l'éducation statistique. Pour atteindre cet objectif, une étude de cas a été réalisée avec l'enseignante sur ses comportements lors de la conception et du développement de la séquence didactique qu'elle a appliquée aux élèves. L'analyse des résultats a été réalisée par le biais d'entretiens avec l'enseignant et par l'analyse documentaire des instruments fournis, à savoir : le matériel didactique de l'école et le mémoire de l'enseignant. À partir des résultats, nous soulignons la pertinence accordée à l'incertitude des mathématiques et la manière dont l'enseignante a interprété, contesté, réfléchi et réorganisé la situation de manière habile et en faveur du meilleur apprentissage de ses élèves, ce qui témoigne d'actions d'insubordination créative.
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