Um cenário da formação de professoras e professores de línguas(gens) na Amazônia Acreana
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-7115.2020v41i5a9Palabras clave:
Linguística Aplicada, cursos de Letras, Amazônia acreanaResumen
Ao nos questionarmos sobre o lugar destinado à Linguística Aplicada (LA) nos Cursos de Licenciatura em Letras, no contexto da Amazônia acreana, observamos a multiplicidade de concepções teóricas nos ementários desses cursos ofertados pela Universidade Federal do Acre, as quais nos possibilitam dialogar com Celani (1992), Moita Lopes (2006; 2015), Paiva, Silva e Gomes (2015) sobre as diversas possibilidades de se fazer Linguística Aplicada no cenário brasileiro. Para as análises às quais nos propusemos realizar, foram selecionadas quatro ementas dos cursos de Letras da referida instituição, com o objetivo de verificarmos quais perspectivas teóricas de Linguística Aplicada fizeram-se presentes nessas ementas, visando problematizar o papel da LA na formação de professoras e professores de línguas(gens). Em nossos estudos constatamos que as ementas apresentam enunciados que dialogam com as diversas concepções da Linguística Aplicada abordadas, principalmente, por Moita Lopes (2015) e que, enquanto alguns cursos de Letras valorizam a LA, outros, infelizmente, procuram silenciá-la.
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