Editorial Volume 39.2 - Dossiê Temático: Ensino-aprendizagem de Línguas em Contextos (super)diversos
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-7115.2018v39i3a1Palavras-chave:
Superdiversidade, Ensino de Línguas, Formação de ProfessoresResumo
Em um mundo marcado por grandes transformações, principalmente no modo como o conhecimento e a informação passaram a ser vistos por meio das tecnologias, torna-se necessário repensar o papel da escola e como as questões relacionadas ao ensino-aprendizagem precisam (re)ssignificar esses novos espaços-tempos. O ensino que ainda se faz presente, na maior parte das escolas brasileiras, é organizado de modo fragmentado, privilegiando o ensino de línguas como algo estável, memorizável e com definições padronizadas. Esse novo tempo, de contextos (super)diversos, exige novos paradigmas, novas formas de compreender e fazer educação. Indagamos, desse modo, como pensar em questões de ensino-aprendizagem que considerem contextos (super)diversos? Quais são os desafios impostos aos educadores nas salas de aula brasileiras? Coadunamos com o pensamento do filósofo Diógenes, segundo o qual devemos considerar o fato de sermos “cidadãos/criaturas do mundo”, e com Appiah (2006), quando sugere que o grande desafio é “pegar mentes e corações” e equipá-los com ideias que permitirão a esses cidadãos do mundo conviver com os outros na “tribo global” na/pela qual nos transformamos. É diante dessa “tribo global” que (re)agimos, significamos e transformamos a realidade à nossa volta. Essa realidade solicita uma proposta de ensino pautada na reflexão, na ação, a fim de que o educando consiga atuar nos mais diferentes contextos em que estiver inserido. Nessa perspectiva, o ensino-aprendizagem de línguas pode propiciar ao educando o desenvolvimento de saberes múltiplos, que lhe possibilitem posicionar-se criticamente acerca das demandas que a sociedade contemporânea impõe, além de ser capaz de fazer escolhas significativas e condizentes com suas prioridades e necessidades. Assim, compreender a realidade vigente é fundamental para se pensar em questões de ensino-aprendizagem de línguas que coloquem o educando como protagonista da história, capaz de estabelecer os caminhos necessários ao exercício pleno e eficaz da cidadania, nas mais diferentes práticas discursivas que o contexto (super)diverso exige.
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Referências
APPIAH, Kwame Anthony. Cosmopolitanism: Ethics in a world of stranger. New York: W.W.Norton, 2006.
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