Bilinguismo para surdo. Bilinguismo para indígena. Como (deve) se configura(r) o universo linguístico de um surdo indígena?

Autores

  • Michelle Sousa Mussato Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Claudete Cameschi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.23925/2318-7115.2020v41i1a12

Palavras-chave:

Língua(s), Identidade, Surdo indígena terena, Embate linguístico

Resumo

Ao concentrar nossos olhares na incidência das regularidades enunciativas que atravessam so dizeres do surdo Terena e como se dá essa identidade atravessada e interpelada por quatro línguas, buscamos compreender so modos de dizer nos quais são evocadas as representações do índio surdo acerca da língua/linguagem por meio dos sinais de identificação dos surdos indígenas com a pluralidade linguística em que estão imersos. Desse modo, o indígena surdo é trazido para o centro da nossa investigação por meio de entrevistas gravadas/filmadas em vídeo em língua de sinais, transcritas, na cidade de Miranda-MS, no ano de 2015. Para tanto, valemo-nos das contribuições teóricas da perspectiva discursiva, por entendermos que o discurso se constitui sobre o primado dos interdiscursos, construído, sobretudo, pela presença do o(O)utro, pela heterogeneidade, com auxílio do suporte teórico-metodológico foucaultiano, o arqueogenealógico, que vem suplementar as metodologias teóricas da perspectiva discursiva.

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Biografia do Autor

Michelle Sousa Mussato, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduada em Letras com habilitação Português e Espanhol pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana (2009). Mestre (2017) e Doutoranda em Letras - Estudos Linguísticos - pelo Programa de Pósgraduação em Letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Três Lagoas, na linha de pesquisa "Discurso, subjetividade e ensino de línguas". Integro o grupo de pesquisa "Povos do Pantanal: aspectos linguísticos, discursivos, fronteiriços, culturais e identitários" sob a coordenação da Profª. Drªa. Claudete Cameschi de Sousa. Atualmente atuo como tradutora-intérprete de LIBRAS _ Língua Brasileira de Sinais (desde 2006 em escolas estaduais e municipais) na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Câmpus de Três Lagoas (desde 2014). Tenho experiência em Linguística Aplicada, Análise do Discurso de origem francesa, com pesquisas desenvolvidas na perspectiva discursiva transdisciplinarizada aos estudos culturalistas, centrada em temáticas que problematizam discurso, identidade, subjetividade e processos de in(ex)clusão de surdos da etnia Terena.

Claudete Cameschi, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduada em Pedagogia e Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul . Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professora efetiva da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atuou, até o final de 2014, na graduação em Licenciatura Intercultural Indígena Povos do Pantanal, no Câmpus de Aquidauana. Atua no curso de Letras da UFMS - campus de Três Lagoas, na Pós-Graduação strictu sensu (Mestrado e doutorado) em Letras UFMS, e, Pós-graduação strictu sensu (Mestrado profissional) PROFLETRAS/UFMS, Câmpus de Três Lagoas. Tem experiência na área de Educação e Letras, com ênfase em Linguistica Aplicada, Análise do Discurso, Educação Escolar Indigena, Estudos Culturais e História da Literatura Infantil e Ou Juvenil Brasileira. Coordenou, até o inicio de 2014, a Base de Pesquisa da Diversidade Étnica e Cultural -BEPC - e o Laboratório de Estudos interculturais Indígenas Povos do Pantanal-UFMS/CPAQ, trabalhou com Licenciatura Intercultural Indígena. Trabalha com ensino da língua materna, cultura e identidade (Análise do Discurso e Estudos Culturais), Linguística, leitura, educação, literatura e alfabetização. Participa dos Grupos de Pesquisa (CNPq): História do Ensino, Cultura e Constituição da identidade na Região de Aquidauana/UFMS; O Processo Identitário do Indígena de Mato Grosso do Sul: Análise Documental e Midiática da Luta pela Terra/UFMS; Formação de Professores de Línguas para Contextos Multiculturais e de Fronteiras/UEMS; Povos do Pantanal: aspectos linguísticos, discursivos, fronteiriços, culturais e identitários; Formação Interdisciplinar de Professores; Grupo Sul-Mato-Grossense de Estudos da Linguagem, discursos e identidades de crianças/adolescentes e adultos em situação de exclusão. Rede Latinoamericana (REDLAD) -UFMS

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Publicado

2020-05-11

Como Citar

Mussato, M. S., & Cameschi, C. (2020). Bilinguismo para surdo. Bilinguismo para indígena. Como (deve) se configura(r) o universo linguístico de um surdo indígena?. The Especialist, 41(1). https://doi.org/10.23925/2318-7115.2020v41i1a12

Edição

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Artigos