As pessoas do Pessoa e a religiosidade “fingida”

Autores

  • Anaxsuell Fernando da Silva docente na Pontifícia Universidade Católica de Campinas/SP.

DOI:

https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v1n1p45-78

Resumo

Fernando Pessoa (1888-1935) era um fingidor, ele mesmo advertira. Sua compreensão de Religião ia além dos limites sociais estabelecidos. O recurso da heteronímia que possibilitou-lhe uma religiosidade pluriforme. Zigmunt Bauman defende a tese de que há uma nova modernidade chamada “modernidade fluída”, caracterizada pela existência de uma mão invisível que desarticulou a sociedade pela ausência de padrões e referências. Tal fato provocou mudanças na condição humana, o que exige repensar os velhos conceitos que permeavam nossas análises. Este trabalho objetiva discutir que tanto no caso da Religiosidade em Pessoa, quanto no contexto atual, não é o desinteresse religioso que caracteriza nossa sociedade, é sim, a configuração de uma crença que escapa às grandes religiões. Para tanto, nesta pesquisa, partimos da literatura pessoana e olhamos a diversificação da própria crença religiosa.

Palavras-chave: Fernando Pessoa, Religiosi-dade, Epistemologia, Sociologia da Religião

Biografia do Autor

Anaxsuell Fernando da Silva, docente na Pontifícia Universidade Católica de Campinas/SP.

Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Mestre em Ciências Sociais, Bacharel em Sociologia e com licenciatura plena em Ciencias Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), também é graduado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST/RS) e Especialista em Educação Ambiental (IFESP). Atualmente é docente na Pontifícia Universidade Católica de Campinas/SP. E, como pesquisador, dedica-se principalmente às temáticas relativas a Religião; Literatura e Arte; Epistemologia; Itinerário intelectual e Etnografia do saber.

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Publicado

2011-06-01

Como Citar

Fernando da Silva, A. (2011). As pessoas do Pessoa e a religiosidade “fingida”. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 1(1), 45–78. https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v1n1p45-78