As pessoas do Pessoa e a religiosidade “fingida”
DOI:
https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v1n1p45-78Resumen
Fernando Pessoa (1888-1935) era um fingidor, ele mesmo advertira. Sua compreensão de Religião ia além dos limites sociais estabelecidos. O recurso da heteronímia que possibilitou-lhe uma religiosidade pluriforme. Zigmunt Bauman defende a tese de que há uma nova modernidade chamada “modernidade fluída”, caracterizada pela existência de uma mão invisível que desarticulou a sociedade pela ausência de padrões e referências. Tal fato provocou mudanças na condição humana, o que exige repensar os velhos conceitos que permeavam nossas análises. Este trabalho objetiva discutir que tanto no caso da Religiosidade em Pessoa, quanto no contexto atual, não é o desinteresse religioso que caracteriza nossa sociedade, é sim, a configuração de uma crença que escapa às grandes religiões. Para tanto, nesta pesquisa, partimos da literatura pessoana e olhamos a diversificação da própria crença religiosa.
Palavras-chave: Fernando Pessoa, Religiosi-dade, Epistemologia, Sociologia da Religião