A crise na educação brasileira: a falácia da Escola “sem” Partido
DOI:
https://doi.org/10.23925/2236-9937.2020v21p122-135Palabras clave:
Escola “sem” partido, banalidade do mal, vazio de pensamento.Resumen
O texto tem como objetivo identificar as origens do movimento denominado Escola sem Partido e o ambiente político profícuo em que se instalou e suas consequências para o sistema educacional e político no Brasil. Para tanto, pretendo fazer uma breve síntese do mapeamento das suas correntes ideológicas, analisando como se alastrou nas nossas redes de ensino, quais as suas pretensões e as possíveis formas de resistência. A tentativa de realizar uma diagnose do presente depende muito da habilidade do autor, mas sigo na intensão foucaultiana de não perder a sensibilidade ao intolerável e acho esse, um caso bem emblemático. Nesse sentido, contarei com o suporte conceitual, não só de Michel Foucault, mas também de Hannah Arendt (inimigo objetivo, banalidade do mal, vazio de pensamento). Verificamos que os pressupostos da Escola “sem” partido, baseados numa educação neutra, promove a irreflexão e o vazio do pensamento. O risco identificado, caso nada seja feito contra essa corrente retrógrada, foi a produção de deficientes cívicos (FRIGOTTO, 2017)
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