HERMENÊUTICA À BRASILEIRA: QUEM DISSE QUE ÍNDIO NÃO PENSA?

Auteurs-es

  • Flavio Schmitt EST
  • Eduardo Sales de Lima Faculdades EST

DOI :

https://doi.org/10.19143/2236-9937.2018v8n15p122-139

Mots-clés :

Hermenêutica, contexto, colonialidade

Résumé

O objetivo deste trabalho é propor um caminho hermenêutico à brasileira. Para isso, extrair-se-á reflexões hermenêuticas a partir das provocações presentes na narrativa sobre o índio Isaias, no livro Maíra de Darcy Ribeiro. A metodologia valer-se-á de elementos da reflexão pós/des-colonial. Primeiro, do texto à possibilidade de uma nova história. Toda hermenêutica é contextual, por isso, a imposição de uma perspectiva externa configura ato de violência. Em segundo, a narrativa nos provoca a questionar o método. O objetivo é estabelecer uma vigilância epistêmica capaz de perceber as estruturas universalizantes ocultas no próprio método. Terceiro, as provocações nos levam para o elemento central na elaboração de uma hermenêutica à brasileira: a perspectiva vivencial retratada por uma leitura pluralista. Ao término, constatar-se-á que uma hermenêutica à brasileira surge como proposta a um caminho de interpretação plural, não sem ambiguidades, mas direcionado a prática da inclusão e do diálogo inclusive com outras hermenêuticas.

Bibliographies de l'auteur-e

Flavio Schmitt, EST

Doutor em Ciências da Religião pela UMESP.

Professor na Faculdades EST (São Leopoldo)

Eduardo Sales de Lima, Faculdades EST

Especialista em dialogo Interreligioso no ITESC em 2008-2010, mestrado na faculdade EST, 2012-2013. Doutorando na EST 2016-

Docente de teologia desde 2001 em seminários Batista e da assembléia de Deus. Coordenador do curso de Teologia do CETAD parana. Professor convidado na PUC Paraná,  campos maringa.

Áreas de pesquisa, Bíblia,  Teologia, Primeiro e segundo testamentos.  

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Publié-e

2018-07-14

Comment citer

Schmitt, F., & Lima, E. S. de. (2018). HERMENÊUTICA À BRASILEIRA: QUEM DISSE QUE ÍNDIO NÃO PENSA?. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 8(15), 122–139. https://doi.org/10.19143/2236-9937.2018v8n15p122-139