Frei Agostinho da Cruz: um poeta para o nosso tempo
DOI :
https://doi.org/10.23925/2236-9937.2021v23p233-245Mots-clés :
Arrábida – liberdade – saudade – crise – alegria – franciscanismo.Résumé
A presente comunicação evoca a figura do poeta franciscano Frei Agostinho da Cruz (1540 – 1619), no momento em que se comemoram os 400 anos da sua morte e os 480 do seu nascimento. Agostinho é apresentado como poeta actual cuja leitura é importante num momento civilizacional em que uma crise poliédrica precisa de directores que indiquem os melhores caminhos para alcançarmos a liberdade interior. Transcendendo os lugares comuns da poesia ao divino do seu tempo e mesmo uma linguagem quinhentista, o frade arrábido apresenta uma obra sólida e teotópica que, expondo sem rebuço os conflitos interiores e as psicomaquias do sujeito poético, reflecte sobre a erosão da dignidade humana durante “crise do renascimento”, propondo linhas de fuga universais e sempre contemporâneas, baseadas na “saudade de Deus”.Références
AA. VV. (2002) – Bíblia Sagrada – versão dos textos originais. Lisboa / Fátima, Difusora Bíblica – Franciscanos Capuchinhos.
AA. VV. (2005) – Fontes Franciscanas I – S. Francisco de Assis. Braga, Editorial Franciscana.
Alighieri, Dante (1998) – A Divina Comédia. Trad. Vasco Graça Moura, Rio de Mouro, Círculo de Leitores.
Cummings, E. E. (1999) – livrodepoemas. Trad. Cecília Rego Pinheiro, Lisboa, Assírio & Alvim.
Cruz, Frei Agostinho da (2019) – Antologia Poética. Organização de Ruy Ventura, Évora, Editora Licorne.
Eco, Umberto (1990) – “La Edad Media ha comenzado ya” [1973]. La Nueva Edad Media, Madrid, Alianza Editorial.
Eliot, T. S. (1981) – Poesia. 4ª edição, trad. Ivan Junqueira, Rio de Janeiro, Nova Fronteira.
Eliot, T. S. (1984) – A Terra Sem Vida. Trad. Maria Amélia Neto, Lisboa, Edições Ática.
Faria, Daniel Augusto da Cunha (1999) – A vida e a conversão de Frei Agostinho: entre a aprendizagem e o ensino da Cruz. Lisboa, Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.
Hölderlin, Friedrich (1999) – Elegias. Trad. Maria Teresa Dias Furtado, Lisboa, Assírio & Alvim.
Pascoaes, Teixeira de (1987) – Os Poetas Lusíadas. Lisboa, Assírio & Alvim.
Silva, Vítor Manuel Pires de Aguiar e (1971) – Maneirismo e Barroco na Poesia Lírica Portuguesa. Coimbra, Centro de Estudos Românicos.
Ventura, Ruy (2017) – A Chave de Sebastião da Gama. Évora, Editora Licorne / Associação Cultural Sebastião da Gama.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés TEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologias 2021
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
A TeoLiterária – Revista de Literaturas e Teologias é detentora dos direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos textos em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, mais de 500 palavras de texto, tabelas, figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do editor e dos autores.