<strong>POR UMA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FILOSOFIA: DA DESQUALIFICAÇÃO DA DOCÊNCIA À FORMAÇÃO ALIGEIRADA</strong>

Autores

  • Alexandre Filordi de Carvalho Universidade Federal de São Paulo
  • Luiz Carlos Novaes Universidade Federal de São Paulo
  • Midiã Olinto de Oliveira PUC-SP

Palavras-chave:

Formação de professores - Ensino de Filosofia - Política Educacional -Currículo escolar

Resumo

Mesmo antes do retorno da disciplina Filosofia às matrizes curriculares da educação básica, em virtude do Parecer CNE/CEB n. 38/2006 (BRASIL, 2006c), a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE/SP) já havia, desde 2002, incluído a disciplina nas matrizes curriculares das escolas estaduais paulistas. Tal inclusão, embora desejável, desconsiderou a inexistência, em quantidade suficiente, de professores habilitados para tal empreitada. Consequentemente, permitiu-se a atribuição de aulas para professores das mais variadas áreas; estimulou-se aos docentes de áreas com poucas aulas disponíveis a procurarem cursos rápidos a fim de obterem a credencial que os permitissem, junto aos licenciados de áreas diversas e bacharéis de diferentes campos, a ministrarem aulas de Filosofia nas escolas. Diante disso, o objetivo deste artigo é o de analisar como se deu este processo de formação aligeirada, o seu impacto no currículo e as demandas de formação continuada que acabou gerando. Para tanto, foram realizadas entrevistas e análise documental que permitissem apreender este movimento, bem como uma discussão teórica acerca do papel da Filosofia no campo da educação. As conclusões preliminares sugerem a necessidade de se pensar, com urgência, a proposição de políticas sérias de formação continuada nesta área e aponta para a necessidade de uma revisão da legislação estadual, que tem permitido e incentivado a busca por formações aligeiradas de professores na área de Filosofia.

Biografia do Autor

Alexandre Filordi de Carvalho, Universidade Federal de São Paulo

Doutor em Educação (UNICAMP) e Filosofia (USP). Professor de Filosofia da Educação do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Paulo

Luiz Carlos Novaes, Universidade Federal de São Paulo

Doutor em Educação (PUCSP) Professor de Políticas Públicas da Educação Brasileira do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Paulo

Midiã Olinto de Oliveira, PUC-SP

Licenciada em Pedagogia (USP) Mestranda no Programa de pós graduação: história, política e sociedade (PUCSP)

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Publicado

2012-03-30

Edição

Seção

Artigos