Investigação Matemática: possíveis articulações com a História da Matemática, TIC e Resolução de Problemas<br>Mathematical Research: possible joints with History of Mathematics, ICT and Troubleshooting

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2018v21i2p539-565

Palavras-chave:

Tendências em Educação Matemática, Pesquisa Qualitativa, Fenomenologia.

Resumo

O texto apresentado é um recorte de uma pesquisa de mestrado e explicita a articulação revelada entre a Investigação Matemática e a História da Matemática, as Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC’s e a Resolução de Problemas, em registros textuais de professores. A metodologia de pesquisa é qualitativa pautada nos pressupostos do método fenomenológico-hermenêutico. A articulação mostrou-se teoricamente possível, todavia qualquer tentativa de inter-relacioná-las requer clareza das particularidades, das regiões de inquérito, da epistemologia e dos objetivos de ensino de cada uma das Tendências, caso contrário esse caráter interlocutor pode configurar uma anomalia que afeta o núcleo firme da Investigação Matemática no tocante ao princípio da natureza das suas tarefas, além de gerar conflitos epistemológicos e de aprendizagem.

The text presented is a cut from a master's research and it explains a hermeneutic understanding, in a Heideggerian sense, about the articulation revealed between Mathematical Investigation and History of Mathematics, Information and Communication Technologies - ICT and Troubleshooting, in in textual records of teachers in formation. The methodology of research is qualitative based on the presuppositions of the phenomenological-hermeneutical method. The data presented reveal that the joint was theoretically possible, but any attempt to interrelate them requires clarity of the particularities, the regions of inquiry, the epistemology and the teaching objectives of each of the Trends, otherwise, this interlocutor character may configure an anomaly that affects the firm core of Mathematical Investigation in relation to the principle of the nature of its tasks, besides generating epistemological and learning conflicts.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Paulo Wichnoski, UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Licenciado em matemática pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Mestre em Ensino pela Universadade Estadual do Oeste do Paraná. Doutorando em Educação Matemática pela Universadade Estadual do Oeste do Paraná. Professor substitutoda Universidade Federal do Paraná.

Tiago Emanuel Klüber, UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Licenciado em Matemática e especialista em Docência no Ensino Superior pela Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG e doutor em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Membro e vice-coordenador (2012-2015 e 2015-2018) do GT-10 Modelagem Matemática, da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, SBEM. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática da Unioeste, nível de mestrado e doutorado, campus Cascavel.

Referências

BICUDO, M. A. V. Pesquisa Qualitativa Segundo a Visão Fenomenológica. São Paulo: Cortez, 2011.

______. Filosofia da Educação Matemática segundo uma perspectiva fenomenológica. In: BICUDO, M. A. V. (org). Filosofia da Educação Matemática: Fenomenologia, concepções, possibilidades didático-pedagógicas. São Paulo: UNESP, p. 23-47, 2010.

BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. n. 19, p.20-29, jan/fev/mar/abr, 2002.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

ERNEST, P. Investigações, resolução de problemas e pedagogia. In: ABRANTES, P.; CUNHA, L.; PONTE, J. P. (Orgs.). Investigar para aprender matemática: textos seleccionados p. 25-47. Lisboa: Projecto Matemática Para Todos e Associação de Professores de Matemática, 1996.

FERREIRA, C. Conjuntos numéricos, com ênfase nos números inteiros. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, 2011. Curitiba: SEED/PR., 2010. V.2. (Cadernos PDE). Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_uel_mat_pdp_catarina_ferreira.pdf>. Acesso em 03/06/2019.

FROBISHER, I. Problems, investigations and an investigative approach. In: ORTON & G. Wain (Ed.). Issues in teaching mathematics. London: Cassel, 1994.

KLÜBER, T. E. Atlas.ti como instrumento de análise em pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica. Educ. temat. digit. Campinas, v.16 n.1 p.5-23 jan./abr, 2014.

LAMONATO, M.; PASSOS, C. L. B. Discutindo resolução de problemas e exploração-investigação matemática: reflexões para o ensino de matemática. Zetetiké. v. 19, n. 36. p. 51 – 74, 2011.

MASINI, E. S. Enfoque Fenomenológico de Pesquisa em Educação. In: FAZENDA, I. (Org). Metodologia da Pesquisa Educacional. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2004.

MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: OLIVEIRA, H., SEGURADO, I., PONTE, J. P.’CUNHA, M. H. Mathematical investigations in the classroom: A collaborative project. In V. Zack, J. Mousley e C. Breen (Eds.), Developing practice: Teacher’s inquiry and educational change (pp. 135-142). Geeolong: Centre for the Studies in Mathematics, Science and Environmental Education, 1997.

OLIVEIRA, H.; SEGURADO, I.; PONTE, J. P.; CUNHA, M. H. Mathematical investigations in the classroom: A collaborative project. In V. Zack, J. Mousley e C. Breen (Eds.), Developing practice: Teacher‟s inquiry and educational change (pp. 135-142). Geeolong: Centre for the Studies in Mathematics, Science and Environmental Education, 1997.

ONUCHIC. L. R.; ALLEVATO, N. S. G. Pesquisa em resolução de Problemas: caminhos, avanços e novas perspectivas. Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, v. 5, n. 41, dez, 2011.

PARANÁ. Lei Complementar 130 - 14 de Julho de 2010. Diário Oficial do Paraná, Poder Executivo, Paraná, PR, 14 jul. 2010. Edição nº 8262, p.1-39, 2010.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Matemática. Departamento de Educação Básica. Paraná, 2008.

PARANÁ. TV Pendrive. 2007. Disponível em <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/textos/comousar_tvpendrive.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2019.

PÓLYA, G. New York: John Wiley & Sons. 3ª ed. Combinada. Mathematical Discovery, 1962.

PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de Aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

PONTE, J. P. Investigar, Ensinar e Aprender. Actas do ProfMat (CD-ROM, p.25 – 39). Lisboa: APM, 2003.

RICOEUR, P. Do texto à acção: ensaios de hermenêutica II. Porto: Rés-Editora, 1989.

SCHOENFELD, A. H. Mathematical thinking and problem solving. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum, 1996.

SERRAZINA, L., VALE, I., FONSECA, H., & PIMENTEL, T. Investigações matemáticas e profissionais na formação de professores. In J. P. Ponte, C. Costa, A. I. Rosendo, E. Maia, N. Figueiredo & A. F. Dionísio (Eds.). Actividades de investigação na aprendizagem da matemática e na formação de professores (pp. 41-58). Lisboa: SEM-SPCE, 2002.

SKOVSMOSE, O. Cenários para investigação. Bolema. Ano 13, n. 14, p. 66-91, 2000.

VAN DE WALLE, J. A. Elementary and Middle School Mathematics. 4. ed. New York: Longman, 2001.

WICHNOSKI, P.; Uma Metacompreensão da Investigação Matemática nas Produções do Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná – PDE. 155 f. Dissertação (Mestrado em Ensino) – Programa de Pós-Graduação em Ensino, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu, 2016.

______; KLÜBER, T. E. Um olhar Lakatosiano sobre a tendência investigação matemática. Revemat. Florianópolis, v.10, n. 1, p. 65-80, 2015.

Downloads

Publicado

2019-09-02

Edição

Seção

Artigos