Entre a testemunha e a palavra, o dever falar
o testemunho como objeto de uma Antropologia da Enunciação
DOI:
https://doi.org/10.1590/2176-4573p54220Palavras-chave:
Testemunha, Testemunho, Tortura, Antropologia da EnunciaçãoResumo
Este trabalho versa sobre a imbricação entre escrita e testemunho a partir da obra Retrato Calado, de Luiz Roberto Salinas Fortes. Embora “evidente”, trata-se de uma relação que carrega uma particularidade: aquele que escreve o faz questionando-se sobre o papel de sua enunciação, sobre as significações que a língua inscreve sobre si mesma e sobre a violência. Pautado nos princípios da Antropologia da Enunciação, tal como Flores a propõe, o gesto analítico levado a efeito assume a linguística como um conhecimento sobre o homem em sua propriedade loquens, especificamente no instante em que se singulariza no/pelo discurso.
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