<strong>POLÍTICA CURRICULAR DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - UM CAMPO DE DISPUTAS</strong>

Autores

  • Rosanne Dias Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

políticas curriculares – formação de professores – ciclo de políticas – hegemonia – demandas

Resumo

Analiso as políticas curriculares para a formação de professores no Brasil, tomando como marco temporal o período de 1996 a 2006, tendo em vista defender a produção dessas políticas como um processo de negociação que envolve disputas de diferentes projetos. A análise da produção desses discursos está orientada pela abordagem do ciclo de políticas de Stephen Ball e pela teoria do discurso de Ernesto Laclau. Focalizo a definição dos textos políticos curriculares para a formação de professores, pós-LDB, a partir da análise das Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores – DCN e da Pedagogia – DCP. A legislação atual é resultado de um processo de negociação a partir de articulações políticas e discursivas no campo da educação. Contudo, detenho-me nos sujeitos que, ao longo desses dez anos, produziram discursos, os defenderam e os difundiram em encontros e reuniões nacionais promovidas pela ANFOPE, pela ANPEd e pelos ENDIPEs. Uma das conclusões importantes deste artigo foi a de que não existe uma única proposição que consolide as demandas que os diferentes grupos defendem em torno das políticas para a formação de professores no Brasil. As duas Diretrizes são a expressão disso. Em torno de cada uma delas foi empreendida uma mobilização pelas demandas que eram articuladas entre os grupos que atuaram visando a definição de determinadas questões.

Biografia do Autor

Rosanne Dias, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro Professora da UFRJ, Programa de Pós-Graduação em Educação Integra o Grupo de Pesquisa do CNPq Currículo e Cultura

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Publicado

2012-08-31

Edição

Seção

Dossiê Temático - "CURRÍCULO: POLÍTICAS E COTIDIANOS"