<strong>A DRAMATIZAÇÃO DE CONTOS FILOSÓFICOS COMO CONTRIBUIÇÃO À ARTE-EDUCAÇÃO</strong>

Resumo

Este artigo trata de pesquisa (financiamento CAPES, 2011/2012) que visa propor e discutir a prática de dramatização de contos filosóficos como contribuição à arte-educação, especialmente, na formação de educadores. Contos filosóficos é uma expressão para designar “contos tradicionais e de ensinamento” (GRILLO, 1993; MACHADO, 2004 e NAPOLITANO, 2011), “contos filosóficos” (CARRIÈRE, 2004 e 2008), contos de tradição oral e narrativas de várias tradições culturais (zen, sufi, indiana). Chamaremos de atuante (LOPES, 1989) aquele (a) que se propõe a dramatizar, a agir no contexto do "giro antropológico" da alteridade (FERREIRA-SANTOS & ALMEIDA, 2012), isto é, como se estivesse na situação de um "outro", tratando de compreender pela ação os desejos e necessidades que movem as pessoas. Neste sentido, a educação é um modo de proporcionar ao Ser o exercício de seu potencial humano (FERREIRA-SANTOS, 2008), num percurso de educação da sensibilidade (FERREIRA-SANTOS, 2010 e 2012a; DUARTE-JUNIOR, 2010) e da compreensão do atuante. Atualmente a pesquisa vem sendo desenvolvida junto a jovens universitários, graduandos em Pedagogia da Faculdade de Educação da USP, no núcleo de “dramatização de contos”, do Laboratório Experimental de Arte-Educação e Cultura (Lab_Arte)- FE-USP. Nos pautamos por três eixos metodológicos transversais: a) leitura e estudo de contos filosóficos; b) prática pedagógico-artística de dramatização de contos filosóficos e registro de sua repercussão junto aos atuantes; e c) confrontação e diálogo da prática e dos registros com o referencial teórico pertinente à mitohermenêutica (perspectiva hermenêutico-fenomenológica) e a pedagogia teatral.