<strong>HETEROGENEIDADE, EXPERIÊNCIA E CURRÍCULO: CONTRAPONTOS À IDEIA DE BASE COMUM NACIONAL E À VONTADE DE EXTERODETERMINAÇÃO DA FORMAÇÃO</strong>

Autores

  • Roberto Sidnei Macedo Universidade Federal da Bahia
  • Claudio Orlando do Nascimento Universidade do Recôncavo da Bahia
  • Denise de Moura Guerra UNIME - Bahia

Palavras-chave:

base nacional curricular comum, currículo, políticas de currículo, heterogeneidade, formação

Resumo

O artigo em pauta elabora e explicita um conjunto de contrapontos em relação à ideia de uma base comum nacional de currículo para a educação básica brasileira. Argumenta em favor do trabalho curricular e formativo tendo a heterogeneidade e a experiência como emergências fundantes de processos formativos, que vão provocar as políticas curriculares para inflexionar suas ações em direção ao currículo como um instituinte cultural generativo. Esses argumentos têm como contexto de inspiração o atual movimento que discute através de iniciativas do Ministério da Educação a construção de uma base comum para o currículo da Escola Básica, tomando como centralidade o conceito de “direito à aprendizagem e ao desenvolvimento”. Neste contexto, o presente artigo tensiona esta perspectiva conceitual tanto na sua concepção política quanto na sua construção pedagógica, na medida em que vincula a aprendizagem à processos formativos percebidos como irredutíveis, irrepetíveis, finitos, social e culturalmente valorados. Nesses termos, experiência, diferença e encontro fazem emergir o ethos, a ética e a perspectiva curricular que inspira os argumentos centrais desse artigo.

 

Biografia do Autor

Roberto Sidnei Macedo, Universidade Federal da Bahia

Professor Associado da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. É Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Paris Saint-Denis, França, com pós-doutorado em currículo e formação pela Universidade de Fribourg na Suiça. Pesquisador do Grupo de Pesquisa FORMACCE, é também o atual Coordenador do Gt de Currículo da ANPED. Seus estudos, pesquisas e ações formativas estão direcionados para os campos do currículo e da formação, tendo a etnopesquisa implicada e a etnopesquisa-formação como  dispositivos predominantes de investigação e desenvolvimento metodológico. No momento está implicado na construção e sistematização da Teoria  Etnoconstitutiva de Currículo que vem desenvolvendo.

Claudio Orlando do Nascimento, Universidade do Recôncavo da Bahia

Professor-pesquisador da Universidade do Recôncavo da Bahia - UFRB, possui mestrado e doutorado em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, realizados no Grupo de Pesquisa FORMACCE. Suas pesquisas e ações formativas estão vinculadas às questões da ancestralidade  afrodescendente nos contextos sociais e culturais do Recôncavo da Bahia, tendo a problemática do pertencimento cultural e das políticas de afirmação como uma centralidade heurística e de ação política.

Denise de Moura Guerra, UNIME - Bahia

Bióloga, possui mestrado e doutorado em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, realizados no Grupo de Pesquisa FORMACCE. Seus estudos, pesquisas e ações formativas têm como centralidade o ensino de ciências e a construção de saberes em comunidades tradicionais vinculadas às ancestralidades afrodescendentes. Professora da UNIME e pesquisadora do FORMACCE, realiza etnopesquisas e experiências formativas tendo como dispositivo de pesquisa-formação predominante os diários de itinerância.

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Publicado

2014-12-24

Edição

Seção

Dossiê Temático: DEBATES EM TORNO DA IDEIA DE BASES CURRICULARES NACIONAIS