<strong>PONDERAÇÕES AO CURRÍCULO MÍNIMO DA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO: UMA CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE EM TORNO DA BASE COMUM NACIONAL</strong>
Palavras-chave:
currículo, cotidiano escolar, gestão democrática, base nacional curricular comum, justiça cognitiva e socialResumo
O debate sobre a criação de uma base nacional comum suscita-nos, de pronto, duas perguntas fundamentais. Quem define o porquê, o que e como se ensina? Que pesos têm e deveriam ter cada um dos atores envolvidos nesta definição? Entendemos que é impossível pensar a questão curricular fora das relações de poder presentes na sociedade como um todo e do modo como interferem na compreensão dos conhecimentos, das relações entre eles e nas políticas curriculares. Com vistas a contribuir com o debate nacional em curso, trazemos como pano de fundo uma narrativa construída a partir de nossas pesquisas nos/dos/com os cotidianos escolares sobre a implantação do currículo mínimo na rede estadual do Rio de Janeiro e seu desenvolvimento, desde 2011. Um de nós acompanhou estreita e atentamente esta experiência enquanto professor de Sociologia da rede, tanto como executor da política em sala de aula, quanto como integrante da equipe que elaborou uma das versões do currículo mínimo na disciplina. Defenderemos ao longo do texto a ideia de que uma base nacional comum definida de cima para baixo, por instâncias dirigentes federais, estaduais e municipais de educação, implicará em grave mutilação ao direito de aprendizagem da democracia e ao desenvolvimento cidadão dos alunos, porque, por meio de um processo autoritário não se pode investir do modo como acreditamos ser necessário, na construção da democracia e da cidadania.
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