SENTIDOS DE DOCÊNCIA NOS PROJETOS CURRICULARES FHC E LULA
Palavras-chave:
Formação Docente. Política Curricular. Identificação. Hegemonia. Teoria do Discurso.Resumo
Apresentamos um estudo sobre identidade docente, no campo das políticas curriculares, desenvolvido por meio da investigação de propostas para a formação de professores nos períodos dos governos Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Lula da Silva (Lula). Operamos com os registros FHC e Lula como nomes de articulações políticas que se antagonizam entre si. Por meio da interpretação dos resultados da organização, pelo programa WordSmith, de documentos dirigidos às políticas curriculares para a formação docente desses dois períodos, construímos uma via de acesso aos discursos das políticas, visando a compreender os sentidos endereçados à identidade docente. Esses modos de endereçamento são sempre tentativas de fixação de certos sentidos nas políticas. Destacamos a afirmação de um protagonismo docente. O professor é igualmente um agente, “a peça-chave” das mudanças políticas do currículo. O professor é ainda considerado como quem ressignifica o conhecimento, dissemina e transforma o discurso político-pedagógico nas várias instâncias educacionais. Esse discurso ora se associa à culpabilização docente, ora é vinculado à supervalorização das capacidades profissionais para atuar na mudança educacional. Concluímos que, por maiores que sejam as aproximações discursivas entre os projetos curriculares engendrados - seja por meio da defesa das habilidades e competências na formação docente, seja pela defesa da aferição da qualidade da educação por meio das avaliações centralizadas -, são mobilizados sentidos diferenciais sobre a gestão e sobre a docência. Esses sentidos são uma expressão do antagonismo entre Lula e FHC.
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