FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR NO CENÁRIO DAS POLÍTICAS LOCAIS DE CENTRALIZAÇÃO CURRICULAR: LIMITES E POSSIBILIDADES

Autores

  • Viviane Gualter Peixoto da Cunha Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Maria Inês Marcondes Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Vânia Finholdt Ângelo Leite Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Faculdade de Formação de Professores

Palavras-chave:

formação docente, currículo centralizado, identidade projetada, novo profissionalismo

Resumo

Nesse artigo buscamos discutir as mudanças provocadas pelos mecanismos do gerencialismo e da performatividade na formação da identidade do professor. Com base em Basil Bernstein (2003) e Stephen Ball (2005) suscitamos no texto a atual tendência do deslocamento de uma identidade introjetada – na qual os sujeitos são formados a partir de suas próprias referências culturais e coletivas para conquistar seus ideais educacionais, independentes das expectativas de sucesso e resultados imediatos, para uma identidade projetada – na qual são instrumentalizados a partir de uma racionalidade técnica para atender uma demanda econômica e tecnológica, tendo em vista os resultados mensuráveis. Nosso objetivo foi mostrar de que modo essa nova identidade profissional, caracterizada pelo “novo profissionalismo” tem sido forjada no contexto local de uma rede pública municipal de educação, a partir de suas políticas de centralização curricular. Argumentamos que o profissional produtivo, ágil, responsabilizado pelos resultados e competitivo o qual tem sido projetado atualmente inibe o desenvolvimento de uma educação pública com qualidade social.

Downloads

Publicado

2015-12-28

Edição

Seção

Dossiê ABdC - "Formação Docente frente às políticas no cenário de centralização curricular"