OS CURRÍCULOS PRATICADOSPENSADOS DE UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ANGRA DOS REIS/RJ: EM BUSCA DA JUSTIÇA COGNITIVA E DA TESSITURA DA EMANCIPAÇÃO SOCIAL

Autores

  • Eliane Fernandes de Lacerda Prefeitura Municipal de Angra dos Reis. Pesquisadora do grupo Redes de Conhecimentos e Práticas Emancipatórias no Cotidiano Escolar, coordenado pela Profª Drª Inês Barbosa de Oliveira. http://orcid.org/0000-0002-1828-3016
  • Inês Barbosa de Oliveira Professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Presidente da Associação Brasileira de Currículo (ABdC) e membro do GT Currículo da ANPEd.

Palavras-chave:

Cotidiano Escolar. Currículos praticadospensados. Justiça Cognitiva.

Resumo

Este artigo origina-se de uma dissertação de Mestrado em Educação cuja pesquisa de campo foi realizada em uma escola da rede pública municipal de Angra dos Reis/RJ. Tem por objetivo compreender os currículos que são tecidos cotidianamente pelas professoras e professores e seu possível potencial emancipatório, apesar do processo crescente de desqualificação da escola pública, de seus profissionais e ações. Desenvolve-se a partir de uma postura teórico-político-epistemológico-metodológica das pesquisas nos/dos/com os cotidianos, através de um mergulho com todos os sentidos oportunizando as observações e as conversas, que originaram as narrativas contadas/vividas. Defende a ideia que os praticantespensantes tecem os currículos praticadospensados, nos quais podem estar inscritas práticas com potencial emancipatório, pautadas na busca pela justiça cognitiva. Parte do pressuposto de que as práticas cotidianas tecem conhecimentos múltiplos, válidos e que precisam ser reconhecidos, pois não se resumem aos que a cultura hegemônica ocidental moderna apresenta como legítimos, os saberes formais. Pretende contribuir para a desinvisibilização e compreensão desses currículos, podendo favorecer a democratização das escolas e da sociedade, contribuindo com a tessitura da emancipação social. Concluímos que a ideia da imposição de um currículo único é uma ilusão autoritária das esferas oficiais e também reconhecemos um relevante potencial emancipatório nas práticas pedagógicas pesquisadas, na medida em que promovem o diálogo horizontal entre os saberes.

Biografia do Autor

Eliane Fernandes de Lacerda, Prefeitura Municipal de Angra dos Reis. Pesquisadora do grupo Redes de Conhecimentos e Práticas Emancipatórias no Cotidiano Escolar, coordenado pela Profª Drª Inês Barbosa de Oliveira.

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ProPEd/UERJ) inserido na linha de pesquisa Cotidianos, Redes Educativas e Processos Culturais. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense. Experiência profissional: professora docente desde 1991 na rede pública municipal de Angra dos Reis e pedagoga na rede municipal de Angra dos Reis desde 2004.  

Inês Barbosa de Oliveira, Professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Presidente da Associação Brasileira de Currículo (ABdC) e membro do GT Currículo da ANPEd.

Graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação Jacobina (1982), mestrado em Administração de Sistemas Educacionais pelo Instituto de Altos Estudos Em Educação da FGV (1988) e doutorado em Sciences Et Théories de L'éducation - Université de Sciences Humaines de Strasbourg (1993). Pós-doutora pelo Centro de Ciências Sociais da Universidade de Coimbra (2002) com Habilitation a Diriger des Recherches (HDR) pela Université de Rouen (França, 2013).

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Publicado

2016-12-30

Edição

Seção

Dossiê:Aqui já tem currículo:produções e experiências educativas pelo direito à diferença e à justiça social e cognitiva