<strong>POR UMA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FILOSOFIA: DA DESQUALIFICAÇÃO DA DOCÊNCIA À FORMAÇÃO ALIGEIRADA</strong>
Palavras-chave:
Formação de professores - Ensino de Filosofia - Política Educacional -Currículo escolarResumo
Mesmo antes do retorno da disciplina Filosofia às matrizes curriculares da educação básica, em virtude do Parecer CNE/CEB n. 38/2006 (BRASIL, 2006c), a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE/SP) já havia, desde 2002, incluído a disciplina nas matrizes curriculares das escolas estaduais paulistas. Tal inclusão, embora desejável, desconsiderou a inexistência, em quantidade suficiente, de professores habilitados para tal empreitada. Consequentemente, permitiu-se a atribuição de aulas para professores das mais variadas áreas; estimulou-se aos docentes de áreas com poucas aulas disponíveis a procurarem cursos rápidos a fim de obterem a credencial que os permitissem, junto aos licenciados de áreas diversas e bacharéis de diferentes campos, a ministrarem aulas de Filosofia nas escolas. Diante disso, o objetivo deste artigo é o de analisar como se deu este processo de formação aligeirada, o seu impacto no currículo e as demandas de formação continuada que acabou gerando. Para tanto, foram realizadas entrevistas e análise documental que permitissem apreender este movimento, bem como uma discussão teórica acerca do papel da Filosofia no campo da educação. As conclusões preliminares sugerem a necessidade de se pensar, com urgência, a proposição de políticas sérias de formação continuada nesta área e aponta para a necessidade de uma revisão da legislação estadual, que tem permitido e incentivado a busca por formações aligeiradas de professores na área de Filosofia.Downloads
Publicado
2012-03-30
Edição
Seção
Artigos
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