A NECESSIDADE DE REDIZER E REVIVER A PEDAGOGIA DA ESPERANÇA DE PAULO FREIRE
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2018v16i4p1437-1456Palabras clave:
Paulo Freire, Pedagogia da Esperança, Diálogo.Resumen
Este artigo é fruto de uma pesquisa bibliográfica que tem como objetivo trazer o pensamento de Paulo Freire para interlocução com outros autores a fim de analisar o contexto educacional brasileiro, bem como as potencialidades do pensamento freireano na construção de caminhos alternativos à educação hegemônica, submetida à lógica do mercado. Para isso, utilizamos as obras de Freire, principalmente Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Esperança, juntamente com alguns de seus interlocutores portugueses, com destaque para Lima (2012, 2002, 2010, 2016), Cortesão (2012), Nóvoa (1998) e Pintasilgo (1998), além de autores brasileiros que também discutem as contribuições do pensamento do autor para a educação brasileira. Como resultado desta análise, podemos apontar a atualidade das obras de Freire, sobretudo quanto à necessidade da esperança, à crítica à educação bancária, à crítica à tentativa de despolitizar o ato educativo e ao não-reconhecimento das diferentes formas de conhecimento. Também se apresentam como resultados desta análise as possibilidades de construção de outros processos educativos em que o diálogo seja importante, e não a educação bancária; processos em que a explicitação honesta dos caminhos da educação sejam motivo de debate democrático, e não uma tentativa de despolitização, como se fosse possível uma educação neutra. Ainda, tem-se o reconhecimento de que todas as pessoas têm conhecimentos e, portanto, são capazes de participar, dialogar e decidir coletiva e democraticamente sobre os caminhos possíveis do processo educativo.
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