O conhecimento esperado sobre limites e continuidade a partir de análise das provas unificadas de Cálculo I na UFRJ<br>The expected knowledge about limits and continuity as shown by analysis of the unified examinations on first calculus course at UFRJ

Autores

  • Sandro Renè Cunha Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Márcia Maria Fusaro Pinto Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Limite e continuidade_1, Teoria Antropológica do Didático_2, Educação Matemática no Ensino Superior_3.

Resumo

Neste artigo analisamos os enunciados e as soluções das questões de provas de Cálculo I disponibilizadas por uma equipe de professores, buscando descrever os conhecimentos sobre limites e continuidade que vêm sendo considerados relevantes para a formação esperada dos alunos de turmas em que um modelo de prova unificada é adotado. Adotamos a perspectiva da Teoria Antropológica do Didático, de Yves Chevallard, pelo seu potencial de analisar a realidade matemática que emerge de práticas específicas que se relacionam com a transmissão de conteúdo. Da organização matemática observada, destacamos que o bloco técnico é altamente valorizado e, mesmo que seja possível identificarmos a tecnologia, não há preocupação em deixá-la mais visível, mas sim de  mantê-la em um segundo nível de importância em relação à técnica.

 

Abstract

This article presents an analysis of exam questions and their solutions of a calculus course,  provided by a team of professors, with the aim of describing the mathematical knowledge about limits and continuity that have been considered relevant to students attending courses in which a model of exam unified for various calculus courses  is applied. We adopt the perspective of the Anthropological Theory of Didactics, by Yves Chevallard, due to its potential to analyze the mathematical reality emerging from specific practices related to content knowledge transmission. For the mathematical organization observed, the aspects related to resolution techniques to solve the diverse kinds of problems are highly valued and, even if it is possible to identify elements that justify them or explain them, there is no concern about leaving it more visible, but to keep it in a secondary level of importance in relation to the techniques.


Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Sandro Renè Cunha, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Programa de Pós graduação em Ensino de Matemática.

Educação Matemática.

Márcia Maria Fusaro Pinto, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Métodos Matemáticos.

Educação Matemática.

Referências

ABRANTES, P. (2001) Reorganização Curricular do Ensino Básico – Princípios, Medidas e Implicações. Lisboa: Ministério da Educação.

ANDRÉ, M.E.D.A.; LÜDKE, M. (1986) Pesquisas Qualitativas em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

BICUDO, M.A. (1993) Pesquisa em Educação Matemática. Pro-posições. Campinas: FE-Unicamp, Cortez, v.4, n.1 (10), p. 18-23.

BOENTE, A.; BRAGA, G. P. (2004) Metodologia Científica Contemporânea – para universitários e pesquisadores. Rio de Janeiro: Brasport, p. 79-98.

BURIASCO, R. L. C. (2000) Algumas considerações sobre avaliação educacional. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo, n. 22, p. 155-177, jul./dez.

CHEVALLARD, Y. (1991) Estudar Matemáticas: O elo perdido entre o ensino e a matemática. Porto Alegre: Artmed.

________________(2001) La transposition didactique, Grenoble: La pensée Sauvage.

_________________(1992) Concepts fondamentaux de la didactique: perspectives apportées par une approche anthropologique. In: Recherches em didactique des mathématiques. Grenoble: La pensée Sauvage Éditions, vol 12-1.

_________________.(1999) El análisis de lãs pácticas docentes em la teoria antropológica de lo didáctico. In: Recherches em Didactique des Mathématiques, Vol. 19, n. 2, p. 221-266.

_________________.(2001) Estudar matemáticas, o elo perdido entre o ensino e a aprendizagem. Trad. MORAES, Daisy Vaz. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda.

CHEVALLARD, Y., BOSCH, M. E GASCÓN, J. (1991) La transposition didactique, Grenoble: La pensée Sauvage.

CHEVALLARD, Y, JOHSUA, M. A.(1991) La transposition didactique. Grenoble, La Pensée Sauvage.

MARQUES, W.F.S.; CASTANHO, M.E. (2004) Refletindo sobre a Avaliação e Empreendendo Novos Saberes. Revista de Educação PUC – Campinas. Campinas, n.17, p. 91-103.

SOUTO, A. M. (2010) Análise dos Conceittos de Número Irracional e Real em Livros Didáticos da Educação Básica. (Dissertação de Mestrado), UFRJ. Rio de Janeiro.

VERÔNICA, P; OTERO, M.R. (2009) Praxeologias Didáticas em la Universidad: Um Estudio de Caso Relativo al Límite y Continuidad de Funciones. Zetetiké. Cempem-FE. Unicamp, v.17, n.31, jan/jun.

VIANNA, H. M.(2000) Avaliação educacional e o avaliador: teoria, planejamento, modelos. São Paulo: IBRASA.

Downloads

Publicado

2014-05-03

Edição

Seção

Artigos