Algumas reflexões sobre um mosaico de pesquisas do GPEMAR com o tema interpretação de gráficos estatísticos<br>Algunas reflexiones sobre un mosaico de investigaciones de GPEMAR bajo el tema interpretación de gráficos estadísticos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/983-3156.2021v23i4p078-108

Palavras-chave:

Gráficos Estatísticos. aspectos socioculturais, níveis de compreensão.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar os resultados das pesquisas do Grupo GPEMAR sobre a interpretação dos gráficos estatísticos. Para isto, monografias e artigos desenvolvidos por membros do Grupo, e em parcerias, serão analisados, a partir de um estudo qualitativo realizado com base na triangulação das investigações, compondo um mosaico de pesquisas. As pesquisas iniciaram a partir de um projeto de investigação de doutorado e estudos sobre a interpretação dos gráficos, incluindo os níveis e aspectos socioculturais, que fundamentam os estudos aqui analisados. Os resultados apontam que, assim como na literatura, de modo geral, os alunos não apresentaram dificuldades para ler os dados. No nível ler entre os dados, os tipos comparação, combinação e igualização foram ampliados e ressignificados, incluindo reflexões sobre os aspectos socioculturais, que possibilitaram resultados diferentes da literatura nos níveis ler entre os dados e ler além dos dados. Por fim, apontamos a necessidade de ampliação das reflexões sobre a importância dos conhecimentos matemáticos e estatísticos prévios e dos estudos sobre o nível ler além dos dados, articulados com os aspectos socioculturais. Também elencamos convites para novos estudos.

 

This article aims to analyse the results of GPEMAR's research on the interpretation of statistical graphs. For this, monographs and articles by members of the group and in co-authorship were analysed by a qualitative study based on the triangulation of the investigations, composing a mosaic of research works. The studies started from a doctoral project, especially on the interpretation of the graphs, including the levels of understanding and socio-cultural aspects. The results show that the students usually did not have difficulties reading the data. At the reading between the data level, the types of comparison, combination, and equalisation were detailed here, with other types being found. Also, when the socio-cultural aspects were incorporated into the interpretation of the graphs at the read between the data and read beyond the data levels, we identified that the students had better conditions to succeed in their understandings, different from what is usually highlighted in the literature, besides qualitative analysis, especially when students find it difficult to understand the graphs. Finally, we point out that reflections on the importance of prior mathematical and statistical knowledge and studies on the level of reading beyond data must be expanded, both articulated with the socio-cultural aspects and with the skills of statistical education, broadening the reflections on the mosaic of GPEMAR research.

 

Este artículo tiene como objetivo analizar los resultados de la investigación de GPEMAR sobre la interpretación de gráficas estadísticas. Para ello, se analizaron monografías y artículos de miembros del grupo y en coautoría, mediante un estudio cualitativo basado en la triangulación de las investigaciones, componiendo un mosaico de trabajos de investigación. Los estudios se basaron en un proyecto de doctorado, especialmente sobre la interpretación de los gráficos, incluyendo los niveles de comprensión y aspectos socioculturales. Los resultados muestran que los estudiantes no suelen tener dificultades para leer los datos. Sobre la lectura entre datos, se detallaron los tipos de comparación, combinación y ecualización, encontrándose otros tipos. Asimismo, cuando se incorporaron los aspectos socioculturales a la interpretación de los gráficos en la lectura entre datos y la lectura más allá de los de datos, identificamos que los estudiantes tenían mejores condiciones para lograr comprenderlos, diferente a lo que se suele resaltar en la literatura, además del análisis cualitativo, especialmente cuando los estudiantes tienen dificultades para comprender las gráficas. Finalmente, señalamos que se deben ampliar las reflexiones sobre la importancia de los conocimientos y estudios matemáticos y estadísticos previos sobre el nivel de lectura más allá de los datos, tanto articulados con los aspectos socioculturales como con las habilidades de la educación estadística, ampliando las reflexiones sobre el mosaico de la investigación GPEMAR.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

Araújo, J. L., & Borba, M. C. (2004). Construindo pesquisas coletivamente em Educação Matemática. In M. C. Borba & J. L. Araújo (orgs.), Pesquisa qualitativa em Educação Matemática (pp. 25-45). Autêntica.

Arteaga, P., Batanero, C., Cañadas, G., & Contreras, M. (2011). Las tablas y gráficos estadísticos como objetos culturales. Números: Revista Didáctica de las Matemáticas, 76(1), 55-67. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3439040.

Barbosa, J. C. (2001). Modelagem matemática: concepções e experiências de futuros professores [Tese de Doutorado em Educação Matemática, Universidade Estadual Paulista]. http://www.rc.unesp.br/gpimem/downloads/teses/tese_jonei.zip.

Batanero, C., & Godino, J. D. (2005). Perspectivas de la educación estadística como área de investigación. In R. Luengo (Ed.), Líneas de investigación em Didácticas de las Matemáticas (pp. 203-226). Universidad de Extremadura. http://www.ugr.es/~batanero/pages/ARTICULOS/Perspectivas.pdf.

Biembengut, M. S., & Hein, N. (2003). Modelagem matemática no ensino (2ª. ed). São Paulo: Contexto.

Borba, M. C., Malheiros, A. P. S., & Diniz, L. N. (2005). Doze anos da produção matemática de estudantes de Biologia em um ambiente de modelagem. Anais da V Conferência Nacional sobre Modelagem na Educação Matemática (p. 1-10). Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana.

Campos, C. R., Wodewotzki, M. L. L., & Jacobini, O. R. (2011). Educação estatística: teoria e prática em ambientes de modelagem matemática. Autêntica.

Carvalho, L. M. T. L., Monteiro, C. E. F., & Campos, T. M. M. (2010). Refletindo sobre a interpretação de gráficos como uma atividade de resolução de problemas. In C. E. Lopes, C. Q. S. Coutinho & S. A. Almouloud (orgs.), Estudos e reflexões em educação estatística (pp. 213-227). Mercado de Letras.

Curcio, F. (1987). Comprehension of mathematical relationship expressed in graphs. Journal for Research in Mathematics Education, 18(5), 382-393.

D’Ambrosio, U., & Borba, M. C. (2010). Dynamics of change of mathematics education in Brazil and a scenario of current research. Zentralblatt für Didaktik der Mathematik (ZDM), 42(3), 271-279. https://doi.org/10.1007/s11858-010-0261-x.

XXXX (xxxx).

XXXX (xxxx).

XXXX (xxxx).

XXXX (xxxx).

Evangelista, B., & Guimarães, G. (2015). Representando e interpretando escalas em gráficos. Anais do 4º Simpósio Internacional de Pesquisa em Educação Matemática (pp. 1297-1308). Ilhéus: Universidade Estadual de Santa Cruz. https://www.academia.edu/17651910/REPRESENTANDO_E_INTERPRETANDO_ESCALAS_EM_GR%C3%81FICOS.

Fernandes, J. A., & Morais, P. C. (2011). Leitura e interpretação de gráficos estatísticos por alunos do 9º ano de escolaridade. Educação Matemática Pesquisa, 13(1), 95-115. https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/5282.

Fernandes, J. A., Sousa, M. V., & Ribeiro, S. A. (2004). Ensino de estatística no ensino básico e secundário. Anais do 1º Encontro de Probabilidades e Estatística na Escola (pp. 165-192). Braga: Universidade do Minho. http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/4151.

Fiorentini, D., Passos, C. L. B., & Lima, R. C. R. (orgs.). (2016). Mapeamento da pesquisa brasileira sobre o professor que ensina matemática. FE/Unicamp. https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/pagina_basica/58/e-book-mapeamento-pesquisa-pem.pdf.

Friel, S. N., Curcio, F. R., & Bright, G. W. (2001). Making sense of graphs: critical factors influencing comprehension and instructional implications. Journal for Research in Mathematics Education, 32(2), 124-158. http://snoid.sv.vt.edu/~npolys/projects/safas/749671.pdf.

Gal, I. (2002). Adult statistical literacy: meaning, components, responsabilities. International Statistical Review, 70(1), 1-25. https://iase-web.org/documents/intstatreview/02.Gal.pdf.

Gea, M. M., Álvarez-Arroyo, R., & Garzón-Guerrero, J. A. (orgs.). (2020). Seminario Hispano-Brasileño Educación Estadística. Universidad de Granada. https://digibug.ugr.es/handle/10481/61731.

Goldenberg, M. (2003). A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais (7.ª ed.). Record.

Guimarães, G. (2013). Estatística nos anos inicias de escolarização. In K. Smole & C. Muniz (orgs.), A matemática em sala de aula: reflexões e propostas para os anos iniciais do ensino fundamental (pp. 115-136). Editora Penso.

Guimarães, G. L., Ferreira, V. G. G., & Roazzi, A. (2001). Interpretando e construindo gráficos. Anais da 24ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pesquisa em Educação - ANPED (pp. 1-19). Caxambu: ANPED. http://24reuniao.anped.org.br/T1961055920448.DOC.

Lima, I. B., & Selva, A. C. V. (2013). Jovens e adultos construindo e interpretando gráficos. Boletim de Educação Matemática (BOLEMA), 27(45), 233-253. https://www.scielo.br/pdf/bolema/v27n45/v27n45a12.pdf.

Lôbo, F. F., & Alcântara, L. R. (2011). Analisando a construção e a interpretação de gráficos e tabelas por estudantes do Ensino Médio Regular e EJA. Anais da XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática (pp. 1-14). Recife: Universidade Federal de Pernambuco.

Lopes, C. A. E. (2004). Literacia estatística e INAF 2002. In M. C. F. R. Fonseca (org.), Letramento no Brasil: habilidades matemáticas (pp. 187-197). Global.

Ministério da Educação e do Desporto (MEC). (1998). Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília.

Ministério da Educação (MEC). (1998). (2002). Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio (pp. 203-274). Parte III – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Brasília.

Ministério da Educação (MEC). (2006). Orientações curriculares para o ensino médio. Volume 2: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Secretaria da Educação Básica. Brasília.

Ministério da Educação (MEC). (2018). Base Nacional Comum Curricular. Secretaria da Educação Básica. Brasília.

Meneghetti, R. C. G., Batistela, R. F., & Bicudo, M. A. V. (2011). A pesquisa sobre o ensino de probabilidade e estatística no Brasil: um exercício de metacompreensão. Boletim de Educação Matemática (BOLEMA), 24(40), 811-833. https://repositorio.unesp.br/handle/11449/72991.

Monteiro, C. E. F. (2006). Explorando a complexidade da interpretação de gráficos entre professores em formação inicial. Cadernos de Estudos Sociais, 22(2), 211-224. https://fundaj.emnuvens.com.br/CAD/article/view/1372/1092.

Monteiro, C. E. F., & Selva, A. C. (2001). Investigando a atividade de interpretação de gráficos entre professores do ensino fundamental. Anais da 24ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pesquisa em Educação - ANPED (pp. 1-16). Caxambu: ANPED. http://24reuniao.anped.org.br/T1965278488693.doc.

Ponte, J. P., Brocado, J., & Oliveira, H. (2003). Investigações matemáticas na sala de aula. Autêntica.

Rumsey, D. J. (2002). Statistical literacy as a goal for introductory statistics courses. Journal of Statistics Education, 10(3). www.amstat.org/publications/jse/v10n3/rumsey2.html.

Sant’Ana, A. A., & Sant’Ana, M. F. (2009). Uma experiência com a elaboração de perguntas em modelagem matemática. Anais da V Conferência Nacional sobre Modelagem na Educação Matemática (pp. 1-13). Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto.

Scarlassari, N, T. & Lopes, C. E. (2018). Mapeamento dos trabalhos publicados no GT12 do SIPEM. Anais da VII Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática (pp. 1-17). Foz do Iguaçu: SBEM. http://www.sbemparana.com.br/eventos/index.php/SIPEM/VII_SIPEM/paper/view/532/279.

Wainer, H. (1992). Understanding graphs and tables. Educational Researcher, 21(1), 14-23. http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.459.9613&rep=rep1&type=pdf.

Wild, C., & Pfannkuch, M. (1999). Statistical thinking in empirical enquiry. International Statistical Review, 67(3), 223-248. https://iase-web.org/documents/intstatreview/99.Wild.Pfannkuch.pdf.

Downloads

Publicado

2021-07-04

Como Citar

DINIZ, L. do N.; DINIZ, I. G. A. Algumas reflexões sobre um mosaico de pesquisas do GPEMAR com o tema interpretação de gráficos estatísticos&lt;br&gt;Algunas reflexiones sobre un mosaico de investigaciones de GPEMAR bajo el tema interpretación de gráficos estadísticos. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 23, n. 4, p. 078–108, 2021. DOI: 10.23925/983-3156.2021v23i4p078-108. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/53454. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Finalizada - Educação Estatística -Seminário hispano-brasileiro