Ocorrências da (não) separação de línguas no Teletandem

Autores/as

  • Daniela Nogueira de Moraes GARCIA Universidade Estadual Paulista, Assis, São Paulo, Brasil. Departamento de Letras Modernas
  • Victor César DE OLIVEIRA Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Educação
  • Douglas Cunha dos SANTOS Universidade Estadual Paulista, Assis, São Paulo, Brasil. Graduado em Letras

DOI:

https://doi.org/10.23925/2318-7115.2022v43i1a10

Resumen

A telecolaboração tem permitido acesso aos povos e línguas, transpondo barreiras geográficas e propiciando experiências significativas com vistas à construção de conhecimento, desenvolvimento de autonomia e competência intercultural. O teletandem, contexto que prevê a realização de sessões bilíngues de comunicação entre aprendizes de diferentes línguas por meio de aplicativos como o Skype e Zoom, tem possibilitado práticas pedagógicas significativas. Em um momento posterior à interação, um professor/pesquisador/mediador conduz as sessões de mediação junto ao grupo de participantes para promover um compartilhamento de experiências e fomentar a reflexão. O presente trabalho, sob uma metodologia qualitativa, enfoca dados de sessões de mediação com estudantes brasileiros referentes a interações conduzidas em 2016. Assim, pautados no suporte teórico da telecolaboração, tandem e teletandem, destacamos ocorrências da não separação de línguas nas interações, retratada pelos interagentes nas sessões de mediação, para compreender e buscar reforço de procedimentos e alinhamento aos interagentes. Os resultados evidenciam um desequilíbrio estabelecido pela mistura de línguas, que pode prejudicar as ações entre os pares, gerando desconfortos e interferindo, inclusive, nos demais princípios: reciprocidade e autonomia. Evidenciam, também, a importância das sessões de mediação como espaço de alinhamento e papel do mediador no suporte e potencialização da experiência entre os pares.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

ANDRÉ, M. 2013. O que é um estudo de caso qualitativo em educação?. Revista da FAEEBA-Educação e Contemporaneidade, 22.40: 95 - 103.

ANIKINA, Z.; SOBINOVA, L.; PETROVA, G. 2015. Integrating Telecollaboration into EFL Classroom: Theoretical and Practical Implications. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 206: 156-161.

ARANHA, S.; WIGHAM, C. 2020. Virtual exchanges as complex research environments: facing the data management challenge. A case study of Teletandem Brasil. Journal of Virtual Exchange, 3: 13 - 38.

BAUMANN, I.; BRICAUD, B.; CHOLLET, I; DUPUIS, V; FALK, P; HERFURTH, H. E, KERNDTNER, F.; SANSSENÉ, F. Die tandem-methode. theorie und praxis in deutsch-französischen Sprachkursen. 1999. Herausgegeben vom Deutsch-Französischen Jugendwerk. Klett.

BRAMMERTS, H. 2002. Aprendizagem autónoma de línguas em tandem: desenvolvimento de um conceito. In: DELILLE, K. H.; CHICHORRO, A. (Orgs.). Aprendizagem autónoma de línguas em tandem. Edições Colibri.

BRAMMERTS, H. 2003. Autonomous language learning in tandem. In: LEWIS, T.; WALKER, L. (Eds.). Autonomous Language Learning In-Tandem: 27-36. Academy Electronic Publications.

BELZ, A. J. 2003. From the special issue editor. Language Learning & Technology, 7.2: 2-5.

CAVALARI, S. M. S.; ARANHA, S. 2019. The Teacher’s Role in Telecollaborative Language Learning: The Case of Institutional Integrated Teletandem. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 19.3: 555-579.

COSTA, L. M. G.; SALOMÃO, A. C. B.; ZAKIR, M. A. 2018. Telecolaboração transcultural e transcontinental para aprendizagem de línguas estrangeiras: propostas e desafios. Revista do GEL, 15.3: 9-25.

COTO, M. F. E., V; RIVIERE, E; e WOLFF, J. 1983. Bericht über den ersten TANDEM-Sommerkurs mit deutschen und spanischen Jugendlichen. Hispanorama, 35: 9-15.

DELILLE, K. H.; CHICHORRO FERREIRA, A. (Eds.). 2002. Aprendizagem autónoma de línguas en Tandem. Textos pedagógicos e didácticos: 12. Lisboa: Edições Colibri.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (Eds.). 1998. Collecting and interpreting qualitative data. London: Sage.

DOOLY, M. A.; O'DOWD, R. 2018. In This Together: Teachers' Experiences with Transnational, Telecollaborative Language Learning Projects. Bern: Peter Lang.

FIGUEIREDO, F. J. Q. 2018. Aprendizagem colaborativa de Línguas Estrangeiras: foco em mediações face a face e mediadas pelo computador. Polifonia, 25.39.1: 165-182.

GARCIA, D. N. M. 2012. Ensino/Aprendizagem de línguas em teletandem: espaços para autonomia e reflexão. Estudos Linguísticos, 41: 481-494.

GARCIA, D. N. M. 2013. O que os pares de Teletandem (não) negociam- Práticas para um novo contexto online, interativo para o ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI. Editora UNESP.

GARCIA, D. N. M. 2015. A logística das sessões de interação e mediação no teletandem com vistas ao ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras. Estudos Linguísticos, 44.2: 725-738.

GARCIA, D. N. M. 2020. Perspectivas educacionais e novas demandas: contribuições da telecolaboração. Cultura Acadêmica.

HELM, F.; GUTH, S.; SHUMINOV, E.; VAN DER VELDEN, B. 2020. Erasmus + Virtual Exchange. In: Internationalisation of Higher Education – Policy and Practice.

HELM, F.; BEAVEN, A. (Ed.). 2020. Designing and implementing virtual exchange: a collection of case studies. Research-publishing.net.

HERFURTH, H. E. 1992. Tandem - Methode oder Verfahren. Zum Spracherwerb in Begegnungssituationen. In: M. ROSANELLI (Org.). Lingue in Tandem: 195-220. Autonomie und Sprachbewerb. III International Tandem Congress. Alpha & Beta.

HERFURTH, H. E. 1994. Individualtandem und binationale Begegnungen. Ein Überblick über Verbreitung, Organisation und Konzeptionen des Sprachenlernens in binationalen Kontexten. Info DaF, 21.1: 45-68.

LITTLE, D.; BRAMMERTS, H. 1996. A guide to language learning in tandem via the Internet. CLCS Occasional Paper, 46. Trinity College Dublin.

LITTLE, D.; USHIODA, E.; APPEL, M. C.; MORAN, J.; O’ROURKE, B.; SCHWIENHORST, K. 1999. Evaluating tandem language learning by e-mail: report on a bilateral project. CLCS Occasional Paper, 55. Trinity College Dublin.

MACAIRE, D. 2004. Du Tandem au tele-Tandem: nouveaux apprentissages, nouveaus outils, nouveaux rôles.

MÜLLER, M.; WERTENSCHLAG, L.; WOLFF, J. (Eds.). 1989. Autonomes und partnerschaftliches Lernen. Modelle und Beispiele aus dem Fremdsprachenunterricht (=Fremdsprachenunterricht in Theorie und Praxis.). Langenscheidt.

O’DOWD, R. 2011. Intercultural communicative competence through Telecollaboration. The Routledge Handbook of Language and Intercultural Communication: 342-358.

O’DOWD, R. 2015. Supporting In-Service Language Educators in Learning to Telecollaborate. Language Learning & Technology, 19.1:63-82.

O’DOWD, R. 2018. From telecollaboration to virtual exchange: state-of-the-art and the role of UNICollaboration in moving forward. Journal of Virtual Exchange, 1: 1-23.

O’DOWD, R; BEAVEN, A. 2019. Examining the impact of virtual exchange: an exploration of where virtual exchange belongs in institutional strategy: 14-16. Forum: Discussing international education.

PICOLI, F. 2019. Projeto Teletandem Brasil: um estudo do princípio da igualdade nas interações sob a ótica da alternância de códigos. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Campus de Araraquara.

PICOLI, F.; SALOMÃO, A. C. B. 2020. O princípio da separação de línguas no teletandem: o que as teorias propõem e como ele funciona na prática. Estudos Linguísticos, 49.3: 1605–1623.

RIBEIRO, S. B. C.; OLIVEIRA, G. M. 2018. “Olha, eu acho que assim, a gente fala o portunhol porque nós não sabemos o espanhol”: políticas linguísticas em fronteiras multilíngues. The Especialist, 39.2: 1-16

ROSANELLI, M. (Ed.). 1992. Lingue in Tandem. Autonomie und Spracherwerb. III International Tandem Congress. Alpha & Beta.

SALOMÃO, A. C. B. 2008. Gerenciamento e estratégias pedagógicas na mediação dos pares no teletandem e seus reflexos para as práticas pedagógicas dos interagentes. Dissertação de Mestrado, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista.

SALOMÃO, A. C. B. 2020. Intercâmbios virtuais e a internacionalização em casa: reflexões e implicações para a Linguística Aplicada. Estudos Linguísticos, 49.1: 152-174.

SALOMÃO, A. C. B.; FREIRE JUNIOR, J. C. (Orgs.). 2020. Perspectivas de internacionalização em casa: intercâmbio virtual por meio do Programa BRaVE/Unesp. Cultura Acadêmica.

SALOMÃO, A. C. B.; SILVA, A. C.; DANIEL, F. de G. 2009. A aprendizagem colaborativa em Tandem: um olhar sobre seus princípios. In: TELLES, J. A. (Org.). Teletandem: um contexto virtual, autônomo e colaborativo para aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI: 75-92. Pontes Editores.

SCHÜTZ, R. E. 2018. Interlíngua e Fossilização. English Made in Brazil. Disponível online: https://www.sk.com.br/sk-interfoss.html. Acessado: 18-jun-2020.

SOUZA, M. G. 2020. Teletandem na UENP: primeiras experiências de implementação. Revista Aproximação: Educação, Tecnologia e Sociedade, 2.3: 37 - 47.

SOUZA, M. G.; ZAKIR, M. A.; GARCIA, D. N. M. 2021. An overview of Teletandem mediation courses for teacher education. DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, 37.1: 1 - 24.

TELLES, J. A. 2006. Projeto Teletandem Brasil: Línguas Estrangeiras para Todos - Ensinando e Aprendendo línguas estrangeiras in-tandem via MSN Messenger. Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP.

TELLES, J. A. 2009. Teletandem: um contexto virtual, autônomo e colaborativo para aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI. Pontes Editores.

TELLES, J. A. 2015. Teletandem and performativity. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 15.1: 1-30.

WARE, P.; KESSLER, G. 2016. Telecollaboration in the secondary language classroom: case study of adolescent interaction and pedagogical integration. Computer Assisted Language Learning, 29.3: 427 - 450.

WOLFF, J. 1991. Ein kurzer Einblick in die Tandem-Geschichte. In: TANDEM, E.V. (Ed.). Sprachen lernen im interkulturellen Austausch. Dokumentation der 2. Europäischen Tandem-Tage 1990: 7-8. Verlag für Interkulturelle Kommunikation.

ZOLIN-VESZ, F. 2014. Como ser feliz em meio ao portunhol que se produz na sala de aula de espanhol: por uma pedagogia translíngue. Trabalhos em Linguística Aplicada, 53.2: 321-332.

Publicado

2022-01-26

Cómo citar

GARCIA, D. N. de M., DE OLIVEIRA , V. C. ., & SANTOS , D. C. dos . (2022). Ocorrências da (não) separação de línguas no Teletandem. The ESPecialist, 43(1). https://doi.org/10.23925/2318-7115.2022v43i1a10