A parresia, o grito e as gretas
epítomes de linguagens decoloniais emancipatórias
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-7115.2024v45i1e65236Palabras clave:
Gretas, Linguagens Decoloniais Emancipatórias, Interculturalidade, Multiculturalidade, ParresiaResumen
Este ensaio objetiva refletir sobre as perspectivas das linguagens decoloniais emancipatórias em prol da educação multi e intercultural (Walsh, 2009, 2019), de modo que a atividade educativa seja compreendida como uma tarefa política aletúrgica (Foucault, 1996, 2011). Em outros termos, um fazer educacional transgressor de protocolos, com vistas à ação cidadã participativa ética e crítica, como construtora de novas realidades e modos de ser, viver, desejar e pensar, portanto, questionadora do status quo e proporcionadora do cuidado de si e do outro (Foucault, 1996, 2011). Por meio da parresia (Foucault, 1996, 2011) e, a rigor, dos gritos e das gretas (Walsh, 2009, 2019), o foco desta proposta é debater as diversidades culturais, sejam elas linguísticas, políticas, sociais, étnicas, culturais, religiosas ou de gêneros, como capital pedagógico decolonial (Mignolo, 2017; Quijano, 2005; Walsh, 2009, 2019) epistêmico. De forma igual, como característica e vocação imanente da humanidade para o avanço ontológico, epistemológico, ético-político, e, destarte, um possível manancial de linguagens decoloniais emancipatórias.
Métricas
Citas
AMARAL, Maria Feliciana da Silva. O movimento de (des)silenciamento em aula de Língua Portuguesa na rede estadual. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2013.
CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo e educação: desafios para a prática pedagógica. In: MOREIRA, Antônio Flavio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. (org.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2008.
FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. Tradução: Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
FOUCAULT, Michel. A Coragem da Verdade: o governo de si e dos outros II. Tradução: Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
FOUCAULT, Michel. Qu’est-ce que la critique? suivi de La culture de soi. Introduction et appartat critique par Daniele Lorenzini et Arnold I. Davidson. Paris: VRIN, 2015.
FOUCAULT, Michel. Discours et vérité précédé de La parrêsia. Introduction par Frédéric Gros. Édition et apparat critique par Henri Paul Fruchaud et Daniele Lorenzini. Paris: VRIN, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.
FUMACHI, Margite. Currículo em Ação de inglês do 6º ano: uma análise pela perspectiva da linguagem emancipatória. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada). Universidade de Taubaté, Taubaté, 2023.
LIBERALI, Fernanda Coelho. Atividade social nas aulas de língua estrangeira. São Paulo: Moderna, v. 1. 2009.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia alemã: seguido das Teses sobre Feuerbach. Tradução: Luís Claudio de Castro e Costa. 9. ed. São Paulo: Centauro, 2006.
MEGALE, Antonieta.; LIBERALI, Fernanda Coelho. Como implementar a multiculturalidade. In: MEGALE, Antonieta. (org.). Educação Bilíngue: como fazer? São Paulo: Fundação Santillana, p. 13-2, 2021.
MIGNOLO, Walter D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Rev. bras. Ci. Soc. vol.32, n.94, e329402. Epub, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/nKwQNPrx5Zr3yrMjh7tCZVk/abstract/?lang=pt#. Acesso: 06/01/24.
MUCHAIL, Salma. Tannus.; FONSECA, Marcio Alves da. Parresia e confissão: uma genealogia do sujeito moderno. Rev. Filos. Aurora, Curitiba, v. 31, n. 52, p. 191-208, jan./abr. 2019. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/332993991_Parresia_e_confissao_uma_genealogia_do_sujeito_moderno. Acesso: 06/01/24.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: Clacso, 2005.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder e classificação social. In.: SANTOS, Boaventura de Sousa. MENESES, Maria Paula (Orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo. Cortez, 2010.
SANTOS, Marcos Augusto Wistuba Bisinella dos. A “Parresia” em Foucault: um olhar sobre o “dizer-a-verdade” como exercício vital para a prática docente na formação humana. In: XV Encontro de pós-graduação e IX Seminário de estudos do homem contemporâneo. Casa Comum: a responsabilidade da ciência e da tecnologia. Bragança Paulista. Universidade São Francisco, 2016. p. 1-10. Disponível em: https://www.usf.edu.br/ic_2016/pdf/pos/educacao/a-parresia-em-foucault--um-olhar-sobre-o-dizer-a-verdade-como-exercicio-vital-para-a-pratica-docente-na-formacao-humana-1. Acesso: 05/01/24.
SOLER, Rodrigo Diaz de Vivar y; KROLIKOWSKI, Leonardo Ferreira. Foucault e a parresia: apontamentos para a construção de uma experiência ética em educação. Sapere Aude, 7(13), 256-268, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2016v7n13p256. Acesso: 05/01/24.
TELES, Francisco Afrânio Rodrigues. Adolescentes Agentes e Dessilenciados? O movimento da argumentação no Digit-M-Ed Parnaíba. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018.
WALSH, Catherine. Gritos, gretas e semeaduras de vida: Entreteceres do pedagógico e do colonial. In: SANTOS, Sueli Ribeirto Mota; & SANTOS, Luciano Costa (Org.), Entre-linhas: educação, fenomenologia e insurgência popular, pp. 93-120. Bahia: EDUFBA, 2019.
WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, re-existir e reviver. In.: CANDAU, Vera Maria (org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: documento eletrônico, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 The Especialist
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
The authors grant the journal all copyrights relating to the published works. The concepts issued in signed articles are the absolute and exclusive responsibility of their authors.