TRANSLINGUAR DE FRONTEIRA: O FALAR E O ENSINAR DE SUJEITOS ENTRE-LÍNGUAS DO BRASIL E DA VENEZUELA
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-7115.2018v39i2a7Palavras-chave:
Portunhol, Refugiados, Multilinguismo, TranslínguaResumo
Em 2017, provavelmente em consequência da alta inflação e perseguição política na Venezuela, cresceu consideravelmente o número de imigrantes desse país que buscaram refúgio no Brasil e se estabeleceram em Roraima, estado fronteiriço. Com a imigração, é realçado o portunhol, fenômeno linguístico típico das fronteiras do Brasil, por vezes tratado como deficiência da competência linguística de seus falantes. No entanto, a seguir buscamos tratar outras facetas do fenômeno, que passam tanto pela desmistificação do quase-falante quanto pela constituição do falar de sujeitos entre línguas e culturas. Para compor esse cenário, escolhemos recortes da pesquisa de campo de Pereira (2012), sobre o ensino de português e espanhol em escolas de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, e uma reportagem da Rede Globo, exibida em novembro de 2017, sobre o portunhol e o bilinguismo nas escolas de Boa Vista, capital de Roraima. Em seguida, são feitas observações sobre o multilinguismo para, enfim, situar o ambiente linguístico de fronteira em uma possível proposta translíngue de ensino.
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