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  • Deslocamentos literários: A língua portuguesa em movimento
    v. 1 n. 34 (2025)

    Nos seus próprios processos de conformação, as literaturas em língua portuguesa caracterizam-se pelo movimento e pela porosidade das fronteiras: errâncias, peregrinações, épicas náuticas, viagens por terras e sertões, migrações, e outras derivas constituem constantes incontornáveis de todas as épocas e géneros. O português, também no que concerne à sua vertente literária, configura-se num contexto de crescente globalização como língua em trânsito, não só no mero sentido de representação geográfica.

    Com essas premissas, desejamos explorar os múltiplos deslocamentos protagonizados pelas literaturas em língua portuguesa, na perspectiva de um aprofundamento da sua tendência para a mobilidade e a projeção global. Concebemos a noção de deslocamento na sua mais ampla abrangência semântica, aproveitando o conceito de desterritorialização (Deleuze-Guattari 1972 e 1980) como lugar de elaboração e reconfiguração dos sentidos e das formas expressivas. Adquire um relevo especial a observação de migrações e trânsitos forçados que se verificaram e verificam tanto entre os países de língua oficial portuguesa, quanto entre países lusófonos e não-lusófonos, e que tornam estes espaços cada vez mais propícios à formulação de novas produções de localidade (Appadurai 1996).

  • n. 30 (2023)

    Dentre os dilemas atuais de integração e diferenciação em meio ao campo das artes, destacam-se três eixos de interrogação crítica e teórica sobre o estatuto da obra: a transformação do juízo estético na direção de uma nomeação comparatista diante de obras individuais (de Duve, Aira); a instabilidade da autonomia artística, atuando nos limites entre espaço da obra e mundo comum (Tassinari); a redefinição do problema dos meios artísticos, em novos enfrentamentos da tensão entre especificidade e inespecificidade (Krauss, Rancière). Na literatura, tal conjunto de questões se apresenta em certos modos de teatralidade, que exploram intricações da cenografia da enunciação (Maingueneau), porosidades entre espaço do texto e seus espaços outros, tensões entre situações de enunciação, atos enunciativos e materialidades dos meios, onde também atuam estratégias antiteatrais (Puchner, Fried). Em paralelo, verifica-se tendência à prosificação, seja em atrito com a reconstituição de práticas específicas – “a prosa como questão de poesia” (Siscar, Gleize, Deguy) – ou expansões, como “espetáculos de realidade” (Laddaga), a prosa como meio e questão do campo expandido. Tais dinâmicas enunciativas “ventríloquas”, “corais” (Süssekind) e híbridas apontam para uma crise de escalas relativa aos efeitos socioculturais desestabilizadores oriundos da financeirização e mundialização das economias locais, desdobrando-se mais recentemente no debate sobre a crise ecológica e do Antropoceno, que radicaliza a instabilidade de escalas e medidas constituintes da experiência social e artística.

  • Semana de Arte Moderna no Brasil: 100 anos e uma história ainda em processo
    n. 29 (2022)

    O centenário da Semana de Arte Moderna se apresenta como uma ocasião especial de reflexão sobre o modernismo brasileiro tanto em seu momento histórico quanto em seus desdobramentos, o que inclui o significado atual do seu legado. Nesse contexto, destaca-se uma série de questões, como: modernismo e a aproximação entre as artes; revisão e ampliação no âmbito das artes e da literatura; os limites cronológicos do movimento modernista (antes e depois da Semana de 22); gêneros e suportes: o que muda com o Modernismo?; vanguarda e tradição: uma aproximação que permanece?; contribuições do modernismo para a tecnologia atual; difusão nacional e articulações internacionais do movimento modernista; modernismo e cultura popular, uma aproximação que permanece; modernismo e as múltiplas faces da crítica; modernismo e pesquisa acadêmica: desdobramentos contínuos.

  • n. 21 (2018)

    Editoras:

    Vera Bastazin (PUC-SP)

    Maria do Rosário Lupi Bello (Universidade Aberta – Lisboa)

     

    Capa:

    Luis Girão

  • n. 20 (2018)

    Editoras:

    Maria Rosa Duarte de Oliveira (PUC-SP)

    Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha (UFU)

     

    Capa:

    Luís Carlos Girão (PUCSP)