O modelo de Toulmin e a análise da prática da argumentação em Matemática <br> Le modèle de Toulmin et l'analyse de la pratique de l'argumentation en mathématiques
Palavras-chave:
Argumentação em matemática, Área e perímetro de figuras planas, Método de ensinoResumo
Esta pesquisa objetiva apresentar a prática da argumentação como método de ensino, em matemática. Para alçarmos nosso objetivo realizamos um estudo de caso com alunos do quinto ano do Ensino Fundamental (alunos de 10 a 11 anos) de uma escola pública localizada em Belém do Pará, utilizando duas instituições argumentativas: a sala de aula e o laboratório de informática. A fundamentação teórica baseou-se nas reflexões teóricas de Toulmin (1996), na classificação de argumentos de Pedemonte (2002) e Cabassut (2005) e na ideia de convergência argumentativa de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005). As análises das atividades evidenciaram que a prática da argumentação favoreceu a compreensão dos conceitos de área e perímetro de figuras planas, habilitando essa prática como método de ensino. Resumé Cette recherche vise àmontrer que la pratique de l'argumentationpeut être présentée comme une méthodepour faciliter la compréhension des concepts mathématiques. Pouratteindre notre objectif nous avons effectué une étude auprès d´élèvesde cinquième année de l'école primaire (élèves âgés de 10 à 11 ans) dans une école publique située à Belém do Pará, en utilisant deux institutions argumentatives: la classe etle laboratoire d'informatique. Le cadrethéorique est basée sur desréflexions théoriques de Toulmin.Dans notre étude, la pratique de l'argumentationse révèle comme une méthode qui favorise la compréhension des concepts d'aire et de périmètre de figures planes. Cette pratique a permis l'acquisition d'une compétence argumentative,pour avoir aidé dans le développementdu langage mathématique et lacompréhension des sujets étudiés.Metrics
Referências
ABERDEIN, A. The uses of argument in mathematics. Argumentation, v. 19, n. 3, p. 287–301, 2005.
.Managing informal mathematical knowledge: Techniques from informal logic. Lecture Notes in Artificial Intelligence, v. 4108, p. 208–221. 2006.
ALCOLEA BANEGAS, J. L’Argumentació en matemàtiques. In: E. C. i Moya (Ed.), XIIè Congrés Valenciaà de Filosofia). Valencià, Spain: Diputació de Valencià, p.135–147, 1998.
BOAVIDA, A. M. R. A argumentação em Matemática Investigando o trabalho de duas professoras em contexto de colaboração. 2005. 975f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, 2005.
BOERO, P.; GARUTI, R.; MARIOTTI, M.A. Some dynamic mental processes underlying producing and proving conjectures, Proceedings of PME-XX, Valencia, v. 2, p. 121-128, 1996.
BROUSSEAU, G. Fundamentos e métodos da didática da matemática In: Didáctica das matemáticas, Jean Brun (dir.). Lisboa: Instituto Piaget, 1996, Coleção horizontes pedagógicos.
CABASSUT R. Démonstration, raisonnement et validation dans l’enseignement secondaire des mathématiques en France et en Allemagne. 2005. 424 f. Tese (Doutorado em Didática da Matemática) - Ecole doctorale Savoir scientifique: épistémologie, histoire des sciences, didactique des disciplines. Université Paris 7, Paris, 2005.
DOUEK, N. Analysis of a long term construction of the angle concept in the field of experience of sunshadows, PME-XXII. v. 2, p. 264–271, Stellenbosch, 1998.
. Argumentative aspects of proving of some undergraduate mathematics students' performances. PME XXIII. v. 2, p. 273-280, Haifa, Israel. 1999.
. Importance des Ascpects Argumentatatifs dans la Production et Demonstration de Conjectures. Compte Rendu de l’Atelier, 2000.
DOUEK, N.; SCALI, E. About argumentation and conceptualisation, Proceedings of PME-XXIV, v. 2, p. 249-256, Hiroshima, 2000.
DOUEK, N.; PICHAT, M. From oral to written texts in grade I and the approach to mathematical argumentation. Proceedings of PME-XXVII, v. 2, p. 341-348, Honolulu, 2003.
EVENS, H.; HOUSSART, J. Categorizing pupils written answers to a mathematics test question: I know but I can’t explain. Educational Research, v. 46, p. 269–282, 2004.
GOODWIN, J. A argumentação não tem função. Comunicação e Sociedade, v. 16, p. 123-144, 2009.
HOYLES, C.; KÜCHEMANN, D. Students’ understanding of logical implication. Educational Studies in Mathematics, v. 51, n. 3, p. 193–223, 2002.
INGLIS, M.; MEJIA-RAMOS, J. P.; SIMPSON, A. Modelling mathematical argumentation: the importance of qualification. Educational Studies Mathematics, v. 66, p. 3-21, 2007.
KNIPPING, C. Argumentation structures in classroom proving situations. In M. A. Mariotti (Ed.). Proceedings of the third congress of the european society for research in mathematics education (ERME), Bellaria, Italy, 2003.
. A method for revealing structures of argumentations in classroom proving processes. Zentralblatt für Didaktikt der Mathematik, v. 40, p. 427–441, 2008.
KRUMMHEUER, G. The ethnography of argumentation. In: P. COBB; H. BAUERSFELD (Eds.), The emergence of mathematical meaning: Interaction in classroom cultures. Hillsdale, NY: Erlbaum, p. 229-269, 1995.
MARIOTTI, M. A. Justifying and proving: figural and conceptual aspects. in M. Hejny and J. Novotna (eds.), Proceedings of the European Research Conference on Mathematical Education, Podebrady, Czech Republic, 1997.
. La preuve em Mathématique. Zentralblatt für Didaktikt der Mathematik. v. 34, n. 4, p. 132-144, 2002.
NATIONAL COUNCIL OF TEACHERS OF MATHEMATICS. Principles and Standards for School Mathematics. Reston, VA: NCM, 2000.
NUNES, J. M. V. A Prática da Argumentação como Método de Ensino: O Caso dos Conceitos de Área e Perímetro de Figuras Planas. 2011. 217 f. Tese (Doutorado em Educação Matemáticas). Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP, São Paulo, 2011.
OLIVEIRA, J. M.; COELHO, A. R.; CUNHA, F. A.; UIEDA, W. Levantamento da Fauna de Quirópteros no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, Belém-Pa. Anais do In: VI CONGRESSO E XI ENCONTRO DA ABRAVAS. 2002, Guarapari. Anais...Guarapari, 2002.
PEDEMONTE, B. Etude didactique et cognitive des rapports de l’argumentation et de la démonstration dans l’apprentissage dês mathématiques. 2002. 301 f. Tese (Doutorado em Didática da Matemática) - Université Joseph Fourrier, Grenoble I, Gênova, 2002.
PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado da argumentação: a nova retórica. Trad. Maria Ermantina Glavão G. Pereira. 2 Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
TOULMIN, S. E. Os Usos do Argumento. Trad. Reinaldo Guarany e Marcelo Brandão Cipolla. 2 Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
WEBER, K.; ALCOCK, L. Using warranted implications to understand and validate proofs. For the Learning of Mathematics, v. 25, n. 1, p. 34–38, 2005.
YACKEL, E. Explanation, justification and argumentation in mathematics classrooms. In: M. Heuvel-Panhuizen (Ed.). Actas da 25th Conference of the International Group for the Psychology of Mathematics Education, Utrecht: Utrecht University, 2001, p. 1-24.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).