Influências da natureza da avaliação na utilização de uma cola<br>Influences of the nature of evaluation in the utilization of a cheat

Autores

  • Juliana Alves de Souza Universidade Federal de Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0001-9454-0208
  • Regina Luzia Corio de Buriasco Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i1p133-1521983-3156.2020v22i1p140-159

Palavras-chave:

Educação Matemática, Avaliação da Aprendizagem Escolar, Cola em prova-escrita-em-fases, Estratégia docente

Resumo

Este artigo apresenta um recorte de uma pesquisa cujo objetivo foi apresentar e discutir aspectos da utilização da cola em uma prova-escrita-em-fases como uma estratégia docente na formação inicial de professores de matemática. Para tanto, foi tomada a Educação Matemática Realística como abordagem de ensino. As intervenções inerentes ao instrumento avaliativo individualizaram a prova. Dentro do contexto dessa estratégia do professor, a cola não cumpre seu propósito, já que o exame realizado em etapas elimina a regra da não comunicação.

This paper presents a part of a research whose objective was to present and discuss aspects of the use of proof-writing-in-phases with cheating as a teacher strategy in initial teacher training. For that, Realistic Mathematics Education was taken as an approach to teaching. The interventions inherent to the stages reduce the utility of cheating because they individualize the exam. Within the context of that teacher strategy, cheating misses its purpose, since the exam carried out in stages eliminates the rule of non-communication.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Juliana Alves de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Licenciada em Matemática (2010), mestre em Educação Matemática (2013) e doutora em Educação Matemática (2018) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Professora do quadro efetivo do Curso de Licenciatura em Matemática da UFMS, Campus de Aquidauana.

Regina Luzia Corio de Buriasco, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Educação, docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual de Londrina. Bolsista do CNPq. Coordenadora do grupo de pesquisa GEPEMA (Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Matemática e Avaliação).

Referências

ABRANTES, Jose. Quem não cola não sai da escola? Rio de Janeiro: Wak Ed., 2008.

BARLOW, Michel. Tradução de Fátima Murad. Avaliação escolar: mitos e realidades. Porto Alegre-RS: Artmed, 2006.

BRESSAN, Ana. Los principios de la educación matemática realista. S/D. Disponível em: https://educrea.cl/wp-content/uploads/2017/06/DOC1-principios-de-educacion-matematica-realista.pdf. Acesso em: 03 out. 2017.

BURIASCO, Regina Luzia Corio de; FERREIRA, Pamela Emanueli Alves; PEDROCHI JUNIOR, Osmar. Aspectos da avaliação da aprendizagem escolar como prática de investigação. In: BURIASCO, Regina Luzia Corio de (org.). GEPEMA: espaço e contexto de aprendizagem. Curitiba – PR: CRV, 2014. p. 13-31.

DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2006. v. 14 (Série 1. Escola). Disponível em: <http://pt.slideshare.net/efantauzzi/pesquisa-princpio-cientfico-e-educativo-pedro-demo>. Acesso em: 19 Mar. 2015.

DIAS, Sonia; SANTOS, Leonor. Por que razão é importante identificar e analisar os erros e dificuldades dos alunos? O feedback regulador. In: L. Menezes, L.; Santos, H.; Gomes, C.; Rodrigues, C. (org.). Avaliação em Matemática: problemas e desafios. Viseu: Secção de Educação Matemática da Sociedade Portuguesa de Ciências de Educação, 2008, p.133-143. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/5315/1/Dias,%20S%20%26%20Santos%20(2008).pdf >. Acesso em: 15 ago. 2015.

DOMINGUES, Ivo. O copianço na universidade: o grau zero na qualidade. Lisboa: RÉS XXI, 2006.

ESTEBAN, Maria Teresa. A avaliação no cotidiano escolar. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.) et al. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5. ed. Rio Janeiro: SP&A, 2003. p. 7-28.

FORSTER, Cristiano. A utilização da prova-escrita-com-cola como recurso à aprendizagem. 2016. 123 f. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.

GOMES, Carlos Alberto. Ética e justiça na avaliação: a fraude e o ‘copianço’ no processo ensino/aprendizagem. In: Educação e linguagem [online], ano 11, n. 17, p 147 – 159, jan./jun.2008.

HADJI, Charles. A avaliação, regras do jogo: das intenções aos instrumentos. 4.ed. Portugal: Porto Editora, 1994.

HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Tradução de Patrícia C. Ramos. Porto Alegre-RS: Artmed Editora, 2001.

IOCOHAMA, Celson Hiroshi. Reflexões sobre a “cola” nas avaliações do curso de direito e indicação de uma alternativa viável para sua superação. In: Rev. Ciên. Jur. e Soc. da Unipar [online], v.7, n.1, p. 25 – 40, jan./jun., 2004.

KRAUSE, Gustavo Bernardo. Cola, sombra da escola. Rio de Janeiro: EdUERJ. Escola Parque, 1997.

MENDES, Marcele Tavares. Utilização da prova em fases como recurso para regulação da aprendizagem em aulas de cálculo. 2014. 275 f. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014.

NOVA ESCOLA. Prova à prova de cola. 245 ed. Set/2011. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/prova-prova-cola-643157.shtml?page=0>. Acesso em: 19 Set. 2014.

PEDROCHI JUNIOR, Osmar. Avaliação como oportunidade de aprendizagem em Matemática. 2012. 56 f. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012.

PEDROCHI JUNIOR, Osmar. A avaliação formativa como oportunidade de aprendizagem: fio condutor da prática pedagógica escolar. 2018. 69 f. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2018.

PIMENTA, Maria Alzira de Almeida. Fraude em avaliações na visão de professores e de estudantes: uma reflexão sobre formação profissional e ética. In: RPD – Revista Profissão Docente, Uberaba, v.10, n. 22, p. 124-138, jul./dez. 2010.

PIRES, Magna Natalia Marin. Oportunidade para aprender: uma Prática da Reinvenção Guiada na Prova em Fases. 2013. 122 f. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013.

RANGEL, Mary. O “problema” da “cola” sob a ótica das representações. In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos [online], Brasília, v. 82, n. 200/201/202, p. 78-88, jan./dez. 2001.

SANTOS, Edilaine Regina dos. Análise da produção escrita em matemática: de estratégia de avaliação a estratégia de ensino. 2014. 158 f. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014.

SANTOS, Leonor. Avaliar competências: uma tarefa impossível? In: Educação e Matemática, Lisboa, n. 74, p. 16-21, 2003. Disponível em: < http://www.esev.ipv.pt/mat1ciclo/2007%202008/temas%20matematicos/avalia%C3%A7%C3%A3o%20de%20compet%C3%AAncias.pdf >. Acesso em: 14 ago. 2015

SEMANA, Silvia; SANTOS, Leonor. O feedback em relatórios escritos na aula de matemática. In: MATOS, José Manuel et al (Ed.). Investigação em Educação Matemática: comunicação no ensino e na aprendizagem da matemática. Sociedade Portuguesa de Investigação em Educação Matemática, p. 180 – 196, 2010. Disponível em <http://run.unl.pt/bitstream/10362/6617/1/V%C3%A1rios_2011.pdf >. Acesso em: 14 ago. 2015.

SILVA, Gabriela Andrade da et al. Um estudo sobre a prática da cola entre universitários. In: Psicologia: reflexão e crítica [online], Porto Alegre, v.19. n.1, p. 18-24, 2006.

SOUZA, Juliana Alves de. Cola em Prova Escrita: de uma conduta discente a uma estratégia docente. 2018. 146 p. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2018.

STREEFLAND, Leen. Fractions in Realistic Mathematics Education. Dordrecht: Kluwer, 1991.

VAN DEN HEUVEL-PANHUIZEN, M. Assessment and Realistic Mathematics Education. Utrecht: CD-ß Press/Freudenthal Institute, Utrecht University. 1996.

WIJAYA, Ariyadi; HEUVEL-PANHUIZEN, Marja Van Den; DOORMAN, Michiel. Teachers’ teaching practices and beliefs regarding context-based tasks and their relation with students’ difficulties in solving these tasks. In: Mathematics Education Research Journal, v. 27, p. 637-662. Dez/2015. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007/s13394-015-0157-8>. Acesso em 04 set. 2017.

ZANON, Denise Puglia; ALTHAUS, Maiza Margraf. Instrumentos de avaliação na prática pedagógica universitária. 2008. Disponível em: <http://www.uepg.br/prograd/semanapedagogica/Althaus%20Zanon%20Instrumentos%20Avalia%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 19 Mar. 2015.

Downloads

Publicado

2020-01-31

Como Citar

SOUZA, J. A. de; BURIASCO, R. L. C. de. Influências da natureza da avaliação na utilização de uma cola&lt;br&gt;Influences of the nature of evaluation in the utilization of a cheat. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 22, n. 1, 2020. DOI: 10.23925/1983-3156.2020v22i1p133-1521983-3156.2020v22i1p140-159. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/43223. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos