<strong>(RE) PENSANDO AVALIAÇÃO: LIÇÕES DE ISABEL FRANCHI CAPPELLETTI</strong>
Palavras-chave:
Avaliação, Currículo, Prática, Ética.Resumo
O presente artigo tem como objetivo repensar a Avaliação Educacional a partir das perspectivas epistemológica, prática e ética, propostas pela Professora Doutora Isabel Franchi Cappelleti, a partir do seu referencial teórico e das discussões mediadas em sala de aula no ano de 2011, compreendendo-a como um processo de fortalecimento crítico, questionador e transformador. As questões: “o que fazemos quando avaliamos?”, “como fazemos?” e “como fizemos até agora?”, iniciaram as reflexões acerca do sentido da avaliação como um processo intencional, sem neutralidade e com muitas adjacências éticas, políticas e culturais. Reflete-se sobre o modelo da racionalidade científica: quando se constituía na única forma de conhecimento verdadeiro e quando deixou de sê-lo. Ao se compreender que a ação humana é essencialmente subjetiva, as ciências sociais ganham destaque ao incorporar no seu sentido pleno a subjetividade. Nesse contexto, a avaliação acrescenta na sua prática a preocupação com o desenvolvimento pessoal, sobretudo quando as aspirações e necessidades dos alunos passam a ser consideradas. Professor e aluno são agentes sociais de um processo sócio-histórico e cultural, vínculos que se fortalecem no convívio engajado e participativo. Os dados avaliativos emergem da prática. Acredita-se que avaliar é enfrentar a questão de valores em educação: individuais, culturais e universais, internalizando-os para deliberar diante das alternativas possíveis, levando em conta a necessidade de respeitar o estabelecido, de considerar as exigências situacionais e as suas consequências, sempre, no entanto, se fundamentando em condutas e normas éticas. Assim como os valores são históricos e culturalmente construídos, a avaliação também o é.
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