OS SENTIDOS REFERENTES À CLASSE SOCIAL E RELAÇÕES DE PODER PRESENTES NO CONTEXTO DAS TEORIAS CURRICULISTAS TRADICIONAIS E CRÍTICAS
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2017v15i2p325-344Palavras-chave:
Escola. Classes sociais. Ideologia e poder. Currículo.Resumo
O presente trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica desenvolvida com o objetivo de identificar e analisar, por meio das teorias do currículo, os sentidos que este apresenta no que tange à classe social e relações de poder na escola. As categorias currículo, classe social e relações de poder tornaram-se os eixos norteadores de nossas análises, que têm como principais referenciais os seguintes teóricos: Apple (1989, 2003), Sacristán (1999, 2000), McNeil (2001), Marx e Engels (2006) e Silva (2010). Com base nessas produções, procuramos evidenciar como se constituem as relações de classe social e de poder nas concepções curriculares tradicionais e críticas. O estudo aponta a necessidade de reconhecermos o currículo como um território de lutas, conflitos e contradições, que podem confirmar e legitimar, ou não, um conhecimento favorecedor da emancipação dos sujeitos envolvidos nos processos escolares. A pesquisa mostrou que a concepção crítica de currículo favorece a emancipação, por legitimar a atitude da contestação nos destinatários dos saberes presentes na cultura escolar.
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