PEDAGOGIA DO OPRIMIDO – UM LEGADO GENEROSO E ESPERANÇOSO
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2019v17i1p168-183Palavras-chave:
Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, Realidade, Esperança.Resumo
Este artigo tem como objetivo principal fazer uma reflexão sobre a contribuição e a atualidade, para a educação brasileira, do clássico Pedagogia do Oprimido de Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997). Com Pedagogia do Oprimido Freire fez um exercício intelectual fundamental: partiu da busca do entendimento da realidade vivida para construir a realidade sonhada. Sintetizou esse exercício ao dizer que a realidade não é assim, está assim. Em poucos momentos da história do Brasil vivemos uma época em que a necessidade de transformação, criação e invenção tenha sido tão urgente como atualmente. Mais uma vez a atualidade de Pedagogia do Oprimido soa como um clamor a todos(as) que não se conformaram com as injustiças e “malvadezas” de grande parte das elites brasileiras. Freire nunca se deixou abater e apostou na esperança como força revolucionária e libertadora. A esperança em Freire não é uma esperança van. É um compromisso com a história vivida pelas “gentes” do Brasil. Essa esperança se fundamenta na crença de que homens e mulheres são seres “inconclusos” e, como tal, em permanente transformação de si e das suas realidades. Para Freire, a história é uma construção inacabada. Esta é uma das diferenças fundamentais entre uma educação “bancária” e uma educação problematizadora e libertadora. Enquanto a primeira busca a acomodação, a repetição, a segunda busca a reflexão, a ação, a problematização das dificuldades, a superação das barreiras interpostas por uma dada realidade. A superação dessas barreiras é o primeiro passo para a superação dos limites e realização do “inétido-viável” que propõe Freire.
Referências
BEISIEGEL, Celso de Rui. In prefácio à 60ª edição comemorativa do livro Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016. FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
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