A Escola da Escolha e suas produções curriculares para a juventude, o futuro e a diferença

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2022v20i4p1603-1632

Palavras-chave:

currículo, relações de poder, diferença.

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise dos documentos curriculares que orientam a (re)elaboração dos currículos após a reforma do Ensino Médio firmada em 2017. O objetivo é refletir sobre a discursividade empreendida pelo modelo da Escola da Escolha na formação dos sujeitos-jovens-estudantes, em busca de compreender como as subjetividades têm sido produzidas e formatado corpos idealizados por essa lógica educacional. Apoia-se no campo das teorias pós-críticas e, a partir das lentes analíticas foucaultianas, entende-se que os documentos orientadores são, em si, uma concentração dos discursos oficiais que orquestram, organizam e regulam as relações vivenciadas na escola. Advoga-se, assim, a necessidade de problematizar a racionalidade pedagógica que atravessa os currículos contemporâneos e insiste na produção objetivada de sujeitos da educação.

Biografia do Autor

Lynna Gabriella Silva Unger, Seduc - Sergipe

Doutora em Educação (PPGED) pela Universidade Federal de Sergipe. Mestra em Psicologia Social e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Atuou voluntariamente como Professora colaboradora do Projeto de Extensão 'Alfabetização de Jovens e Adultos - Professora Ana Lúcia' na Ocupação Beatriz Nascimento do MTST/SE. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Científica e do Grupo de Pesquisa Gênero, Sexualidade e Estudos Culturais (GESEC/UFS/CNPq). Professora da Rede Pública de Ensino do Estado de Sergipe (Seduc).

Tássia Alexandre Teixeira Bertoldo, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Doutoranda em Educação, Mestra em Ensino de Ciências e Matemática (2018), Especialista em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis (2016) e Licenciada em Ciências Biológicas (2010) pela Universidade Federal de Sergipe. Professora da Rede Pública de Ensino do Estado de Sergipe. Pesquisa na área de prática pedagógica, currículo e biopolítica.

Lívia de Rezende Cardoso, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Professora do Departamento de Educação (DEDI) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal de Sergipe. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Científica (GEPEC) da referida instituição. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, Conhecimento e Inclusão Social - na Linha de Pesquisa Educação Escolar: Instituições, Sujeitos e Currículos - e Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Currículos e Culturas (GECC) na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Licenciada em Ciências Biológicas e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe. Possui experiência na área de Educação e tem investigado infâncias, gêneros, sexualidades, corpos e dispositivos em currículos.

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2022-12-28

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Artigos