Método experimental e procedimentos científicos como conteúdos no ensino fundamental
uma construção curricular possível
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2023v21e56100Palavras-chave:
produção curricular, significação conceitual, mediação, linguagem, conceitos científicosResumo
Apresenta-se extrato de pesquisa-ação desenvolvida em aulas de Ciências, do Ensino Fundamental, na qual a professora torna-se pesquisadora da própria prática, efetivando produção curricular, que supera o ensino instrucional, considerando as motivações dos estudantes na relação com as mediações docentes como possibilidades de aprender e ensinar. Para a análise, utiliza-se um dispositivo analítico adequado à teoria bakhtiniana das interações discursivas. A linguagem mediadora, estruturante do pensamento materializa-se nas construções conceituais do-discentes, organizadas em forma de Temas de Enunciação que são os resultados dos movimentos de ensinar e aprender empreendidos e analisados. Os temas são: Sistematização de procedimentos e erro experimental e; Formulação de hipóteses, Inferência e Representatividade.
Referências
APPLE, Michael W. Educação e poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
APPLE, Michael W. Ideologia e currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ARROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2017.
BAKHTIN, Mikail. Questões de literatura e estética: a teoria do romance. São Paulo: Unesp-Hucitec, 1997.
BAKHTIN, Mikail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
BORGES, Antônio Tarcísio. Novos rumos para o laboratório escolas de Ciências. Cad. Brás. Ens. Fís., Florianópolis, v. 19, n.3: p.291-313, dez. 2002. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/6607. Acesso em: 10 set. 2018.
CARR, Wilfred; KEMMIS, Stephen. Teoría Crítica de la Enseñanza. Barcelona: Martínez Rocca, 1988.
CHALMERS, Alan. F. O que é a ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.
CONTRERAS, José. La investigación en la acción. Cuadernos de Pedagogía, Barcelona, p. 7-19, abr. 1994.
DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1997.
DEMO, Pedro. Educação Científica. B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 36, n.1, jan./abr. 2010. Disponível em: https://www.bts.senac.br/bts/article/view/224. Acesso em: 30 jun. 2021.
FRANCO Luiz Gustavo; MUNFORD, Danusa. Análise de interações discursivas em aulas de ciências: ampliando perspectivas metodológicas na pesquisa em argumentação. Educação em Revista, v. 34, e182956, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/KGHkkNbjMJPnSd8DfK9hKJk/abstract/?lang=pt. Acesso em: 26 fev. 2022.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática pedagógica. 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GANDIN, Luís Armando; LIMA, Iana Gomes. A perspectiva de Michael Apple para os estudos das políticas educacionais. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 42, n. 3, p. 651-664, jul./set. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/pHbhwFvxKmGNtMDGQd6Ltqx/abstract/?format=html&lang=pt. Acesso em: 24 set. 2021.
GIROUX, Henry. Teoria Crítica e Resistência em Educação. Para além das teorias de reprodução. Petrópolis: Vozes, 1986.
GIROUX, Henry. Professores como Intelectuais Transformadores. In: GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. p. 157-164.
GOULART, Cecília. Em busca de balizadores para a análise de interações discursivas em sala de aula com base em Bakhtin. R. Educ. Públ. Cuiabá, v. 18, n. 36, p. 15-31, jan./abr. 2009. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/514. Acesso em: 5 out. 2018.
MARQUES, Patrícia Batista; CASTANHO, Marisa Irene Siqueira. O que é a escola a partir do sentido construído por alunos. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 23-33, jan/jun 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/cFhY4m7NZp6Q3YCCxgtMkcb/abstract/?lang=pt. Acesso em: 21 jun. 2021.
NÓVOA, Antônio (Org.). Profissão Professor. Porto: Porto, 2014.
PAULA, Helder de Figueiredo; BORGES, Antônio Tarciso. Avaliação e teste de explicações na educação em ciências. Ciência & Educação, v. 13, n. 2, p. 175-192, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/k8YgYmGRhvHxqPQbmd5rVWK/abstract/?lang=pt. Acesso em: 24 out. 2018.
PONTE, João Pedro da. Investigar a nossa própria prática. In: GTI (Org.). Reflectir e investigar sobre a prática profissional. Lisboa: APM, 2002. p. 5-28.
POPPER, Karl. A Lógica da pesquisa científica. 9 ed. São Paulo: Cultrix, 1993.
CAIC. Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente. Projeto Político Pedagógico do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente. Escola Municipal Cidade do Rio Grande, 2016. Disponível em: https://caic.furg.br/index.php/pt/documentos-caic/projetos-politicos-pedagogicos. Acesso em: 20 set. 2021.
SASSERON, Lúcia Helena; CARVALHO, Ana Maria Passos de. Uma análise de referenciais teóricos sobre a Estrutura do argumento para estudos de argumentação no Ensino de Ciências. Rev. Ensaio, Belo Horizonte, v.13, n.03, p.243-262, set-dez, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epec/a/jsBx6rtJCSvN8vsxXXXyZwf/?format=pdf . Acesso em: 2 fev. 2022.
SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
SPOSITO, Marília Pontes; TARÁBOLA, Felipe de Souza. Entre luzes e sombras: o passado imediato e o futuro possível da pesquisa em juventude no Brasil. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 71e227146, 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782017227146. Acesso em: 20 fev. 2019.
THIESEN, Juares da Silva. O que há no “entre” teoria curricular, políticas de currículo e escola? Educação, Porto Alegre, v. 35, n. 1, p. 129-136, jan./abr. 2012. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/download/7407/7548/ . Acesso em: 13 março. 2019.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf. Acesso em: 29 jun. 2020.
VENEU, Aroaldo; FERRAZ, Gleice; RESENDE, Flávia. Análise de discursos no ensino de ciências: Considerações teóricas, implicações Epistemológicas e metodológicas. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 17, n. 1, p. 126-149, jan-abr 2015. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1295/Resumenes/Abstract_129538266007_2.pdf. Acesso em: 12 out. 2018.
VYGOTSKY, Lev Semionovich. A formação social da mente. 4. ed. brasileira. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1991.
VYGOTSKY, Lev Semionovich. Pensamento e linguagem. 2001. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/vigo.pdf. Acesso em: 12 out. 2016.
YOUNG, Michel. Por que o conhecimento é importante para as escolas do século XXI? Tradução de Tessa Bueno. Cadernos de Pesquisa, v.46 n.159 p.18-37 jan./mar. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/qjWsWsQZNLtJbGYjhyhYfXh/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 3 out. 2018.
ZEICHNER, Kenneth. Para além da divisão entre professor pesquisador e pesquisador académico. In: GERALDI, Corinta; FIORENTINI, Dario; PEREIRA, Elisabete M. (Orgs.). Cartografias do trabalho docente. Campinas: Mercado das Letras, 1998. p. 207-236.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista e-Curriculum
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.
Todo o conteúdo da Revista e-Curriculum é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.