Fazer Sentir. Testemunho de uma Transformação da Sensação. (Modos de Interrogar nossas Práticas Educativas e Pedagógicas)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2023v21e59644

Palavras-chave:

fazer sentir, fábulas, pluralismos existenciais, intensidades, educação.

Resumo

Este ensaio problematiza as potências do “fazer sentir” para o campo dos estudos curriculares, apostando nas fábulas e no pensamento de Gilles Deleuze a respeito das metamorfoses para provocar deslocamentos e gestar intensidades, vibrações e tensões. As fábulas expõem os problemas da biosfera como matéria viva e em constante transformação, mostrando-nos que educar significa metamorfosear-se e imitar a força vital do que sobrevive. Como grafias de vidas singulares, elas se tornam possibilidades de reconhecimento dos corpos e suas feridas historicamente abertas, materializando-se, aqui, nos testemunhos de três crianças mortas que nos ajudam a refletir sobre a crise da razão moderna e a urgência do fim da crítica negativa em favor da abertura, na educação, aos pluralismos existenciais capazes de dar vazão a um novo modo e uma nova maneira das pedagogias.

Biografia do Autor

Adrián Cangi, Universidad Nacional De Avellaneda

Professor do Departamento de Cultura, Artes e Comunicação da Universidade Nacional de Avellaneda – UNDAV/Argentina. Ensaísta, filósofo, curador e editor. Doutor em Sociologia e Filosofia e Letras e especializado em Estética e Teoria da Arte pela Fundação Ortega y Gasset, em cooperação com a Universidade Complutense de Madrid. Pós-doutor pela FAPESP e pela Universidade de São Paulo. Professor e pesquisador da UBA, UNLP e UNDAV. Professor titular de Estética Contemporânea e Diretor do Mestrado em Estéticas Contemporâneas Latino-Americanas da UNDAV. Diretor do Centro de Estéticas e Políticas Contemporâneas Latino-Americanas da UNDAV.

Michele Fernandes Gonçalves, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora do Departamento de Estudos Especializados em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Campus Florianópolis. Bióloga, Especialista em Jornalismo Científico pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo - Labjor - da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP -, Mestre em Sustentabilidade na Gestão Ambiental pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR - e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Revisora, tradutora e acompanhante de processos de escrita. 

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Publicado

2023-03-30

Edição

Seção

Dossiê ABdC: Narrativas, conversas e as múltiplas grafias de vida...