“Alguém que soubesse por que me calo”
a Roda de Mulheres do Parque das Missões como experiência emancipatória
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2023v21e59669Palavras-chave:
mulheres negras; favela; conversas; linguagem.Resumo
O presente artigo tem como objetivo narrar a experiência de um grupo de mulheres no Projeto Roda de Mulheres do Parque das Missões, comunidade no Município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tendo como foco a conversa como prática cotidiana onde a relação dialógica se manifesta. Trazemos algumas notas e reflexões para pensar o uso da linguagem poética, a relação entre a vida cotidiana, a ciência e a arte, em processos de emancipação de mulheres negras que compõem um coletivo, analisando como essa proposta poderia constituir-se em uma experiência de amor-ação, como nos ensinou bel hooks, e ainda como os estudos da linguagem contribuem de maneira relevante para nossa compreensão da vida social em um estudo no campo do Cotidiano.
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