Governamentalidade Algorítmica e Saberes Docentes: da Transcrição à Transcriação Didática Digital no Ensino Universitário em Período Pandêmico

Rafaela Esteves Godinho Leal; Maria Carolina da Silva  Caldeira

doi:10.23925/1809-3876.2023v21e61607

Autores

Rafaela Esteves Godinho Leal Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG https://orcid.org/0000-0002-1410-6645
Maria Carolina da Silva Caldeira Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG https://orcid.org/0000-0003-0668-1989

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2023v21e61607

Palavras-chave:

governamentalidade algorítmica; docência do ensino superior; inteligência artificial; saberes docentes; pandemia.

Resumo

Este artigo objetiva analisar como se formou um saber docente específico durante o Ensino Remoto Emergencial a fim de entender o funcionamento da governamentalidade algorítmica na docência universitária. Utilizaram-se como referencial teórico-metodológico os conceitos de poder, saber e governo na perspectiva foucaultiana e como instrumento de coleta de dados, entrevistas com docentes universitários. Argumenta-se que a formação do saber experiencial tecnodidático teve como condições de emergência: bloqueios na produção do saber da prática docente; disponibilização da posição mestre ignorante; funcionamento dos mecanismos de transposição didática e de transcriação didática digitais. Tais condições normalizaram a utilização das plataformas digitais no ensino, atendendo às urgências da governamentalidade algorítmica na fabricação de uma Educação orientada a Dados.

Biografia do Autor

Rafaela Esteves Godinho Leal, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Mestre pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Especialista em Educação a Distância (SENAC-MG). Possui graduação em Pedagogia pela UFMG (2008). Atualmente é pedagoga na UFMG, lotada na Pró-Reitoria de Graduação, na Diretoria de Inovação e Metodologias de Ensino (Giz). Membro do GEEC (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Currículos e Culturas). Temas de interesse: docência, formação docente, tecnologias digitais, inovação, análise do discurso, saberes pedagógicos, inteligência artificial e currículo.

Maria Carolina da Silva Caldeira, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008) e doutorado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação Conhecimento e Inclusão Social em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Atualmente é Professora do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais, atuando no 1º ciclo de formação humana. Também é docente do Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social, da Faculdade de Educação da UFMG, na linha de pesquisa Currículos, Culturas e Diferença. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Currículo, atuando principalmente nos seguintes temas: currículo, alfabetização, infância, processos de in/exclusão, gênero e pedagogias culturais.

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