Comunidades de jogos digitais
formas de habitar e aprender
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2024v22e61666Palavras-chave:
comunidades virtuais, ensino e aprendizagem, tecnologias digitaisResumo
Este estudo tem objetivo de mapear como se organizam e pactuam-se as regras de convivência nas comunidades virtuais de jogadores, considerando fatores identitários, aprendizagens e partilhas. Realizou-se uma revisão de literatura integrativa que resultou em 509 trabalhos. Após análise pautada nos critérios de inclusão e exclusão, procedeu-se a análise de 3 trabalhos. Os resultados apontam que as comunidades se organizam e se identificam por afinidade e interesses, pelo esforço e tempo dedicados, aprendem colaborativamente, compartilham experiências, podem mover-se com criatividade na busca de soluções e seus participantes podem deixar de ser meros consumidores para tornarem-se produtores de artefatos para os jogos. Conclui-se que muitas formas de aprendizagem ocorrem nessas comunidades e que as formas de organização podem ser integradas ao currículo e inspirar práticas pedagógicas.
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