Hesitation notes
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2025v23e69610Keywords:
sexuality, children, curriculum, alterity, subjectAbstract
This essay is a fragmented set of notes on curriculum and sexuality, with the aim of questioning the grammars of recognition of sexual and gender diversity that curriculum research has helped to establish. The question is not only to understand the meaning of a sensitivity susceptible to multiple and contradictory erogenous zones that has occupied schools, but also what these zones provoke in curricular approaches to the recognition of difference, especially with regard to the transformation of gender and sexuality into subjects of investigation. Rather than tracing the norms of gender and sexuality at work in curricula, the argument unfolds around the phantasmatic power of the curricular theorizing we have inherited to sexually shape our subjectivity. It's not just about questioning how bodies are disciplined, but also the fantasies of our theoretical discourses.
References
ABREU, Caio Fernando. Contos Completos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
AGUIAR, Barbara. “Conta pra mim”: a (re)produção de padrões de gênero, sexualidade e família no programa de literacia familiar do Ministério da Educação. 2023. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Pernambuco, Recife, 2023.
ALTHUSSER, Louis. Sobre a reprodução. Petrópolis: Vozes, 2008.
BATAILLE, Georges. O erotismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
BERMAN, Marshal. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia de Letras, 1986.
BERSANI, Leo; BERLANT, Lauren. Sex, or the Unbearable. Durham: Duke University Press, 2014.
BISPO, Larissa. No enredo da pornografia, a educação aparece: traçando os marcos de um tal de “pornô pedagógico”. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
BOLAÑO, Roberto. O gaúcho insofrível. São Paulo: Companhia das Letras, 2024.
BRAND, Dionne. Um mapa a para porta do não retorno. Rio de Janeiro: A Bolha, 2022.
BRAND, Dionne. Pão tirado de pedra. São Paulo: Bazar do Tempo, 2023.
BRITZMAN, Deborah. Curiosidade, sexualidade e currículo. In: LOURO, Guacira L. (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. p. 83-113.
BUTLER, Judith. Fundamentos contingentes: o feminismo e a questão do pós-modernismo. Cadernos Pagu, n. 11, p. 11-42, 1998. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8634457. Acesso em: 12 dez. 2024.
BUTLER, Judith. Meramente cultural. Ideias, v. 7, n. 2, p. 227–248, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8649503. Acesso em: 12 dez. 2024.
BUTLER, Judith. Desfazendo gênero. São Paulo: UNESP, 2022.
BUTLER, Judith. Quem tem medo do gênero? São Paulo: Boitempo Editorial, 2024.
CARNEIRO, Sueli. Dispositivo da racialidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2023.
CARRARA, Sergio. Moralidades, racionalidades e políticas sexuais no Brasil contemporâneo. Mana, v. 21, n. 2, p. 323-345, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/6D5zmtb3VK98rjtWTQhq8Gg/. Acesso em: 12 dez. 2024.
CARVALHO, Marília Pinto. Mau Aluno, Boa Aluna? Como as professoras avaliam meninos e meninas. Estudos feministas, v. 9, n. 2, 554-574, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/qH3cM5GGSpN9pjnxFxJ3R6f/abstract/?lang=pt. Acesso em: 15 nov. 2024.
COOPER, Melinda. Family values. Nova York: Zone Books, 2017.
DAL’IGNA, Maria; KLEIN, Carin; MEYER, Dagmar. Generificação das práticas curriculares: uma abordagem feminista pós-estruturalista. Currículo sem Fronteiras, v. 16, n. 3, p. 468-487, 2016. Disponível em: https://www.curriculosemfronteiras.org/vol16iss3articles/daligna-klein-meyer.pdf. Acesso em: 12 dez. 2024.
DEAN, Tim. Intimidades mediadas: sexo no pelo, truvada e a biopolítica de quimioprofilaxia. Revista Brasileira de Estudos de Homocultura, v. 6, n. 21, p. 604-638, 2023. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16278. Acesso em: 15 nov. 2024.
DERRIDA, Jacques. A solidariedade dos seres vivos: entrevista a Evando Nascimento. Mais!, Folha de São Paulo, São Paulo, 27 de maio de 2001. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2705200111.htm. Acesso em: 20 nov. 2024.
DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira. O espetáculo da humilhação, fissuras e limites da sexualidade. Mana, v. 21, p. 65-90, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/ddPwc8SPLV99896qZW4b5Zq/abstract/?lang=pt. Acesso em: 20 nov. 2024.
EDELMAN, Lee. No Future. Durham: Duke University Press, 2004.
FALUDI, Susan. Backlash. Rio de Janeiro, 2001.
FASSIN, Didier; RECHTMAN, Richard. The empire of trauma. Princeton: Princeton UP, 2009.
FELIPE, Jane; GUIZZO, Bianca; ROSA, Cristiano (orgs.). Infância e temas sensíveis. Porto Alegre: CirKula, 2024.
FELMAN, Shoshana. O escândalo do corpo falante. São Paulo: Unicamp, 2022.
FERREIRA DA SILVA, Denise. Homo modernus. São Paulo: Cobogó, 2022.
FISHER, Mark. Fantasmas da minha vida. São Paulo: Autonomia Literária, 2022.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. São Paulo: Edições Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Sobre a genealogia da ética: uma revisão do trabalho. In: DREYFUS, Hubert; RABINOW, Paul. (orgs). Michel Foucault, uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. p. 257-278.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade II: o uso dos prazeres. São Paulo: Edições Graal, 2012.
FOUCAULT, Michel. História da Loucura. São Paulo: Perspectiva, 2019.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade IV: as confissões da carne. São Paulo: Paz e Terra, 2020.
FRASER, Nancy. Justiça interrompida. São Paulo: Boitempo Editorial, 2022.
GALLOP, Jane. Anecdotal Theory. Durham: Duke University Press, 2002.
GREGORI, Maria Filomena. Práticas eróticas e limites da sexualidade: contribuições de estudos recentes. Cadernos Pagu, v. 1, p. 47-74, 2014. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645115. Acesso em: 8 nov. 2024.
GREGORI, Maria Filomena. Género, erotismo y violencia: backlash e intolerancias
en la actualidad de Brasil. Mora, v. 29, n. 1, p. 53-68, 2023. Disponível em: https://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1853-001X2023000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=es. Acesso em: 10 nov. 2024.
GROSSBERG, Lawrence. Under the Cover of Chaos. Londres: Pluto Press, 2018.
GUATTARI, Félix. A revolução molecular. São Paulo: 34, 2024.
HOLLANDA, Heloisa B. de. Explosão feminista. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
HOCHSCHILD, Arlie. Strangers in their own land. Nova York: The New Press, 2016.
HEMMINGS, Clare. Why stories matter? Durham: Duke University Press, 2011.
HILST, Hilda. O caderno rosa de Lori Lamby. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
INEP. Censo Escolar 2023: divulgação dos resultados. Brasília: Diretoria de Estatísticas Educacionais, 2023. Disponível: https://download.inep.gov.br/censo_escolar/resultados/2023/apresentacao_coletiva.pdf. Acesso em: 1 dez. 2024.
KIMMEL, Michael. Angry white man. Nova York: Nation Books, 2013.
LABATUT, Benjamin. Maniac. São Paulo: Todavia, 2023.
LAURETIS, Teresa. Gênero e teoria queer. albuquerque, v. 13, n. 26, p. 165-176, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/AlbRHis/article/view/12446. Acesso em: 10 nov. 2024.
LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica 2019.
LOWENKRON, Laura. O monstro contemporâneo. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2015.
MALABOU, Catherine. O prazer censurado. São Paulo: Ubu, 2024.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.
MONTGOMERY. Heather. Modern Babylon? Oxford: Berghahn Books, 2001.
MORRISON, Toni. A origem dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
MUÑOZ, José Esteban. Fantasmas do sexo em público. Periódicus, n. 8, v. 1, p. 4-19, 2018. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/413c/0b6829f84dfb15e7ba268bd7f01525f9d79c.pdf. Acesso em: 8 dez. 2024.
NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
OLIVEIRA, Danilo. “Cavalgar sem sela”: ensinamentos, demandas e incitações do currículo bareback em oposição às normas do uso do preservativo. 2021. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021.
OLIVEIRA, Iris Verena. Cativeiro Estatístico: currículo, expulsão escolar e genocídio da juventude negra. Projeto submetido ao Edital Universal do CNPq – 2023. Salvador, 2023.
PATTON, Cindy. Visualizing Safe Sex: When Pedagogy and Pornography Collide. In: FUSS, Diana (org.). Inside/Out: Lesbian Theories, Gay Theories. Nova York: Routledge, 1991.
PISCOPO, Jenifer; WALSH, Denise. Introduction: Symposium Backlash and the Future of Feminism. Signs, v. 45, n. 2, 2020. Disponível em: https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/704950. Acesso em: 15 dez. 2024.
PUAR, Jasbir. Terrorist assemblages. Durham: Duke University Press, 2007.
RUBIN, Gayle. Políticas do sexo. São Paulo: Ubu, 2017.
SARTI, Cynthia. A vítima como figura contemporânea. Caderno CRH, v. 24, n. 61, p. 51-61, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ccrh/a/6SsSn5qbWRPcryFFqvb6TyQ/. Acesso em: 12 nov. 2024.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação & Realidade, v. 20, n. p. 71-99, 1995. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721. Acesso em: 8 nov. 2024.
SCOTT, Joan. A fantasia da história feminista. Belo Horizonte: Autêntica, 2024.
SEDGWICK, Eve. Epistemology of the closet. Berkeley: University of California Press, 1990.
SILVA, Tomaz Tadeu; MOREIRA, Antônio Flávio. Territórios contestados. Petrópolis: Vozes, 1995.
TAUBMAN, Peter. Teaching By Numbers. Nova York: Routledge, 2009.
WEBSTER, Jamieson. Sexo e desorganização. São Paulo: Ubu, 2025.
WILDERSON III, Frank. Afro-pessimismo. São Paulo: Todavia, 2020.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Revista e-curriculum

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.Todo o conteúdo da Revista e-Curriculum é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.






