OS (DES)ARRANJOS CURRICULARES NA FORMAÇÃO INICIAL PORTUGUESA DE EDUCADORES DE INFÂNCIA E DE PROFESSORES DOS 1º E 2º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

Autores/as

  • Carlos Alberto Ferreira Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2017v15i2p253-273

Palabras clave:

Formação inicial de professores. Orientações curriculares. Mudanças na formação.

Resumen

A formação inicial de professores constitui o primeiro período formal de aquisição de conhecimentos diversos e de competências profissionais necessárias à resposta adequada aos desafios colocados ao exercício da profissão. Em Portugal, foi recentemente publicado um novo regime jurídico de habilitação para a docência que indica novas orientações para a formação inicial de educadores de infância e de professores dos 1º e 2º ciclos do ensino básico. Daí que o presente texto vise refletir e problematizar as diretrizes estipuladas para a formação inicial desses profissionais. Essas novas diretrizes enfatizam o domínio dos conhecimentos científicos que os educadores de infância e os professores dos 1º e 2º ciclos vão ensinar e a sua transmissão em sala de aula. Na sequência da adequação dos cursos de formação inicial de professores ao processo de Bolonha, essas novas orientações implicaram a alteração no modelo de formação adotado e mudanças nos planos curriculares dos cursos que formam esses profissionais de ensino

Biografía del autor/a

Carlos Alberto Ferreira, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Doutorado em Educação, na especialização em Desenvolvimento Curricular. Investigador do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto – Portugal. Doutorado em Educação, na especialização em Desenvolvimento Curricular

Citas

AFONSO, Almerindo Janela. Questões polémicas no debate sobre políticas educativas contemporâneas: o caso da accountability baseada em testes estandardizados e rankings escolares. In ALVES, Maria Palmira; DE KETELE, Jean-Marie (Orgs.). Do currículo à avaliação, da avaliação ao currículo. Porto: Porto Editora, 2011, p. 83-101.

ALMEIDA, Susana; LOPO, Teresa Teixeira. Parte II. Tendências da Organização Curricular da Formação Inicial de Professores dos 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico. In Conselho Nacional de Educação. Formação Inicial de Professores. Lisboa: Conselho Nacional de Educação, p. 85-136, 2015.

ALMEIDA, Lucinalva; LEITE, Carlinda; SANTIAGO, Eliete. Um olhar sobre as políticas curriculares para a formação de professores no Brasil e em Portugal na transição do século XX para o XXI. Revista Lusófona de Educação, nº 23, 2013 p. 119-135.

ALONSO, Luísa. Questões críticas acerca da construção de um currículo formativo integrado. In PORTUGAL, Gabriela; PEREIRA, Luísa Álvares (Org.). Actas do I Simpósio Nacional de Educação Pré-Escolar e Primeiro Ciclo. Formação de Professores e Educadores de Infância. Questões do Presente e Perspetivas Futuras. Aveiro: Universidade de Aveiro, p. 1-15, 2005.

CUNHA, António Camilo. Ser Professor- Bases de uma Sistematização Teórica. Braga: Casa do Professor, 2008.

ESTEVES, Manuela. Construção e desenvolvimento das competências profissionais dos professores. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, nº 8, 2009. p, 37-48.

ESTEVES, Manuela. Professores: Profissionalidade(s) a desenvolver. In MORGADO, José Carlos et al. (Orgs.). Currículo, Internacionalização e Cosmopolitismo: Desafios contemporâneos em contextos Luso-Afro-brasileiros. Volume II. Santo Tirso: De Facto Editores, 2015, p. 141-153.

ESTRELA, Maria Teresa. Modelos de Formação de Professores e seus Pressupostos Conceptuais. Revista de Educação, v. XI, nº 1 , p.17-28, 2002.

FERNANDES, Sandra Raquel; FLORES, Maria Assunção; LIMA, Rui Manuel. A Aprendizagem Baseada em Projectos Interdisciplinares: Avaliação do Impacto de uma Experiência no Ensino da Engenharia. Avaliação. Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 15, nº 3, p. 59-86, 2010.

FERREIRA, Carlos Alberto. A avaliação das aprendizagens no ensino básico e o reforço da avaliação sumativa externa. Educação e Pesquisa, v.41, nº 1, p.153-169, 2015.

FLORES, Maria Assunção; DAY, Cristopher; VIANA, Isabel Carvalho. Profissionalismo Docente em Transição: As Identidades dos Professores em Tempos de Mudança. Um estudo com professores portugueses e ingleses. In FLORES, Maria Assunção; VIANA, Isabel Carvalho (Orgs.). Profissionalismo Docente em Transição: as Identidades dos Professores em Tempos de Mudança. Braga: Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho, 2007, p. 7-46.

FORMOSINHO, João; MACHADO, Joaquim. Nova Profissionalidade e Diferenciação Docente. In FLORES, Maria Assunção; VIANA, Isabel Carvalho (Orgs.). Profissionalismo Docente em Transição: as Identidades dos Professores em Tempos de Mudança. Braga: Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho, 2007, p. 71-82.

HARGREAVES, Andy. O Ensino na Sociedade do Conhecimento. A educação na era da insegurança. Porto: Porto Editora, 2003.

MARCELO, Carlos. Desenvolvimento Profissional Docente: passado e futuro. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, nº 8, p.7-22, 2009.

PACHECO, José Augusto; FLORES, Maria Assunção. Formação e Avaliação de Professores. Porto: Porto Editora, 1999.

PACHECO, José Augusto. Contextos e características do neoliberalismo em educação. In PACHECO, José Augusto (Org.). Políticas educativas: o neoliberalismo em educação. Porto: Porto Editora, 2000, p. 7-20.

PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.

PORTUGAL. Portaria nº 336/88, de 29 de maio de 1988. Regulamenta a prática pedagógica nos cursos de formação inicial de educadores de infância e de professores dos 1º e 2º ciclos do ensino básico.

PORTUGAL. Decreto-Lei nº 3447/89, de 11 de outubro de 1989. Regulamenta a formação inicial de educadores de infância e de professores dos 1º e 2º ciclos do ensino básico.

PORTUGAL. Decreto-Lei nº 43/2007, de 22 de fevereiro de 2007. Regime jurídico de habilitação para a docência.

PORTUGAL. Decreto-Lei nº 79/2014, de 14 de maio de 2014. Regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário.

ROLDÃO, Maria do Céu. Formar profissionais: a centralidade do saber e do agir profissionais versus discussão sobre modelos. Revista de Educação, v. XI, nº 1, p. 157-168, 2002.

ROLDÃO, Maria do Céu. Formar para a excelência profissional- pressupostos e rupturas nos níveis iniciais da docência. In PORTUGAL, Gabriela; PEREIRA, Luísa Álvares (Org.). Actas do I Simpósio Nacional de Educação Pré-Escolar e Primeiro Ciclo. Formação de Professores e Educadores de Infância. Questões do Presente e Perspetivas Futuras. Aveiro: Universidade de Aveiro, 2005, p. 16-23.

ROLDÃO, Maria do Céu. Formação de professores e construção de conhecimento profissional docente, currículo, didática e supervisão. In MORGADO, José Carlos et al. (Orgs.). Currículo, Internacionalização e Cosmopolitismo: Desafios contemporâneos em contextos Luso-Afro-brasileiros. Volume II. Santo Tirso: De Facto Editores, p. 155-167, 2015.

SIMÃO, José Veiga; SANTOS, Sérgio Machado; COSTA, António de Almeida. Ambição para a Excelência. A oportunidade de Bolonha. Lisboa: Gradiva, 2005.

VIEIRA, Mónica Duarte; DAMIÃO, Maria Helena. Formação Inicial de Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico: Requisitos de Ingresso, Planos de Estudo e Perfis de Docência. Revista Portuguesa de Pedagogia, v.40, n 1, p.127-156, 2013.

Publicado

2017-06-30

Número

Sección

Artigos