VIRADA EPISTEMOLÓGICA DO CAMPO CURRICULAR: REFLEXOS NAS POLÍTICAS DE CURRÍCULO E EM PROPOSIÇÕES DE INTERESSE PRIVADO.
Palavras-chave:
currículo, pós-fundacionismo, anti-essencialismo, iniciativa privadaResumo
No artigo, inscrito no conjunto de investigações que coordeno na Universidade, assumo o propósito de analisar a possível relação entre o chamado movimento de hegemonização dos estudos de corte pós-críticos no campo da produção científica em currículo, seus reflexos na produção de textos da política curricular brasileira e a evidente ampliação na oferta de proposições curriculares por parte de organizações não estatais e privadas em sistemas públicos de ensino. No texto, defendo que a ideia de esvaziamento de sentidos para projetos de futuro para a formação humana e a consequente morte das utopias largamente afirmada por curriculistas pós-críticos, especialmente os anti-essencialistas e pós-fundacionais, associada ao enfraquecimento do discurso político do Estado brasileiro nos textos da política curricular, sobretudo em razão das contingências de ordem política e econômica que engendram as sociedades capitalistas atualmente, se convertem em contextos favoráveis e até mesmo indutores tanto para a ampliação de estratégias discursivas quanto para a materialização de práticas pelos empresários da educação no interior dos sistemas educacionais e nas escolas públicas.
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