CRIATIVIDADE, EMPATIA E IMAGINAÇÃO EM VIGOTSKI: IDEIAS PARA TRABALHAR COM RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM MATEMÁTICA<br>CREATIVITY, EMPATHY AND IMAGINATION IN VYGOTSKY AND THE PROBLEM SOLVING IN MATHEMATICS

Autores

  • Antonio Carlos Brolezzi IME-USP

Palavras-chave:

Resolução de problemas, Empatia, Vigotski

Resumo

O objetivo do presente artigo foi enriquecer o estudo da relação entre criatividade e resolução de problemas em educação matemática, tomando como referência uma pesquisa bibliográfica sobre os temas da empatia e da imaginação em Vigotski. As fontes foram, principalmente, os livros de Vigotski Psicologia da arte e Imaginação e criação na infância, escritos, respectivamente, em 1924 e 1930 e, eventualmente, menos conhecidos na educação matemática, além de relatos de pesquisas sobre criatividade e resolução de problemas. A empatia foi apresentada como forma de ampliar as vivências individuais e entrar no mundo da cultura, da arte e da ciência, bem como para partilhar as experiências do outro, envolvendo os processos de criação e imaginação.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Antonio Carlos Brolezzi, IME-USP

Departamento de Matemática, Instituto de Matemátia e Estatística da USP

Referências

ALENCAR, E. S.; FLEITH, D. S. (2003). Criatividade: múltiplas perspectivas. 3. Ed. Brasília: Editora da UnB.

______(2010). Criatividade na educação superior: fatores inibidores. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), v. 15, n. 2, p. 201-206.

ALLEVATO, N. S. G. (2014). Trabalhar através da resolução de problemas: possibilidades em dois diferentes contextos. VIDYA, v. 34, n. 1, p. 23.

BASTOS, L. S.; ALVES, M. P. (2013). As influências de Vygotsky e Luria à neurociência contemporânea e à compreensão do processo de aprendizagem. Revista Práxis, v. 5, n. 10.

BATSON, C. D. (2009). These Things Called Empathy: Eight Related But Distinct Phenomena. In: DECETY, Jean; ICKES, William (Ed.). The social neuroscience of empathy. Cambridge: The MIT Press, p. 3-15.

BICUDO, M. A. V. (Org.) (2010). Filosofia da educação matemática: fenomenologia, concepções, possibilidades didático-pedagógicas. São Paulo: Editora UNESP.

BICUDO, M. A. V.; ROSA, M. (2013). A Presença da Tecnologia na Educação Matemática: efetuando uma tessitura com situações/cenas1 do filme Avatar e vivências em um curso a distância de formação de professores. ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.6, n.1, p. 61-103, abril..

COELHO JUNIOR, N. E. (2004). Ferenczi e a experiência da Einfühlung. Ágora, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, Janeiro.

DECETY, J.; JACKSON, P. L. (2004). The functional architecture of human empathy. Behavioral and cognitive neuroscience reviews 3.2. 71-100.

DECETY, J.; ICKES, W. (2009). Seeking to Understand the Minds (and Brains) of People Who are Seeking to Understand Other People’s Minds. IN: DECETY, J.; ICKES, W. (ed.) The social neuroscience of empathy. The MIT Press: Cambridge. p. vi-ix

DE WAAL, F. (2010). A era da empatia: lições da natureza para uma sociedade mais gentil. São Paulo: Companhia das Letras.

FREEDBERG, D.; GALLESE, V. (2007). Motion, emotion and empathy in esthetic experience. Trends in Cognitive Sciences 11: 197–203.

GALLESE, V. (2003). The roots of empathy: the shared manifold hypothesis and the neural basis. Psychopathology 36:171–180.

IVIC, I. (2010). Lev Semionovich Vygotsky. Recife: Massangana.

OLIVEIRA, M. K. (1995). Vygostky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione.

OLIVEIRA, S. A. de; PASSOS, C. L. B. (2013). Resolução de problemas na formação continuada e em aulas de matemática nos anos iniciais: saberes e aprendizagens docentes. Educação Matemática Pesquisa. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática. ISSN 1983-3156, v. 15, n. 4, p. 873-893.

ONUCHIC, L. L. R.; MORAIS, R. S. (2013). Resolução de problemas na formação inicial de professores de Matemática. Educação Matemática Pesquisa. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática. ISSN 1983-3156, v. 15, n. 3, p. 671-691.

POLYA, G. (1977). A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência.

POPPER, K. (2004). A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix.

PRESTES, Z.; TUNES, E. (2012). A trajetória de obras de Vigotski: um longo percurso até os originais. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 29, n. 3, p. 327-340, jul./set.

TOASSA, G. (2009). Emoções e vivências em Vigotski: investigação para uma perspectiva histórico-cultural. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano) - São Paulo, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo

______. (2013). Certa unidade no sincrético: Considerações sobre educação, reeducação e formação de professores na “Psicologia Pedagógica” de LS Vygotsky. Estudos de Psicologia 18.3, 497-505.

VIGOTSKI, L. S. (2000). Manuscrito de 1929. Educação & Sociedade, v. 21, n. 71, p. 21-44.

______. (2009). Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico: livro para professores. Apresentação e comentários de Ana Luiza Smolka; tradução de Zoia Prestes. São Paulo: Ática.

______. (1991). A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes.

______. (1999). Psicologia da arte. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes.

______. (2003). Psicologia Pedagógica. Porto Alegre: Artmed.

YASNITSKY, A. (2011). O Vygotsky que nós (não) conhecemos: os principais trabalhos de Vygotsky e a cronologia de sua composição (A. Delari Junior, Trad.). PsyAnima, Dubna Psychological Journal 4.4, p. 62-70.

Downloads

Publicado

2015-12-20

Edição

Seção

Artigos