Limites de Funções Reais de uma Variável em Livros Didáticos: Organizações Matemática e Didáticas<br>The design and (re)formulation and problem solving with the use of digital technologies in mathematics teachers’ initial education

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i2p144-170

Palavras-chave:

Livros Didáticos de Cálculo, Limites de Funções Reais de uma Variável, Teoria Antropológica do Didático.

Resumo

Resumo

Esta pesquisa analisou como autores de Livros Didáticos de Cálculo propõem situações visando a transformação de um estado de não-saber para um estado de saber no que se refere ao objeto matemático limites de funções reais. Neste sentido, a Teoria Antropológica do Didático, proposta por Yves Chevallard, a norteia teoricamente. Aqui será discutido esse referencial, bem como será apresentada a metodologia utilizada. Foram analisadas e comparadas duas obras adotadas por grandes universidades brasileiras (40 anos distantes no tempo). Os resultados mostram que as organizações matemáticas diferem quanto à representatividade dos subtipos de tarefas exploradas e variedade das técnicas elaboradas. As praxeologias didáticas são semelhantes. As razões de ser são as mesmas, estudam-se limites para explicar e justificar todo o Cálculo.

Palavras-chave: Livros Didáticos de Cálculo; Limites de Funções Reais de uma Variável; Teoria Antropológica do Didático.

Abstrac

This research analyzed how authors of Didactic Books of Calculus propose situations aiming at the transformation of a state of not-knowing to a state of knowledge with regard to the mathematical object limits of real functions. In this sense, the Anthropological Theory of the Didactics, proposed by Yves Chevallard, guides it theoretically. This framework will be discussed here, as well as the methodology used will be presented. Two works adopted by major Brazilian universities (40 years apart) were analyzed and compared. The results show that the mathematical organizations differ in terms of the representativeness of the subtypes of tasks explored and the variety of techniques developed. Didactic praxeologies are similar. The reasons for being are the same, limits are studied to explain and justify the whole calculation.

Keywords: Calculus Textbooks; Limits of Real Functions of one Variable; Anthropological Theory of the Didactics.

Resumen

Esta investigación analizó cómo los autores de Libros didácticos de cálculo proponen situaciones que apuntan a la transformación de un estado de no saber a un estado de conocimiento con respecto a los límites de objetos matemáticos de las funciones reales. En este sentido, la teoría antropológica de la didáctica, propuesta por Yves Chevallard, la guía teóricamente. Este marco se discutirá aquí, así como también se presentará la metodología utilizada. Se analizaron y compararon dos trabajos adoptados por las principales universidades brasileñas (con 40 años de diferencia). Los resultados muestran que las organizaciones matemáticas difieren en términos de la representatividad de los subtipos de tareas exploradas y la variedad de técnicas desarrolladas. Las praxeologías didácticas son similares. Las razones para ser son las mismas, los límites se estudian para explicar y justificar todo el cálculo.

Palabras clave: Libros de texto de cálculo; Límites de las funciones reales de una variable; Teoría Antropológica de la Didáctica.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Leonardo Augusto Batista, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE)

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA, DIDÁTICA DA MATEMÁTICA

Edelveis Tavares Barbosa, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE_

PPGECM, DIDÁTICA DA MATEMÁTICA

Referências

ALMEIDA, G. P. Transposição Didática: Por Onde Começar? São Paulo: Cortez, 2007.

ALMOULOUD, S. A. Fundamentos da Didática da Matemática. Curitiba: Ed. UFPR, 2007.

ANTAR NETO, A.; SAMPAIO, J. L. P.; LAPA, N.; CAVALLANTTE, S. L. Noções de Matemática – Introdução ao Cálculo Diferencial e Integral. Fortaleza: Ed. Vestseller, 2010. v.8.

ARAÚJO, A. J. O Ensino de Álgebra no Brasil e na França: Um Estudo Sobre o Ensino de Equações do 1º Grau à Luz da Teoria Antropológica do Didático. Tese de doutorado, UFPE, 2009.

BARBOSA, E. J. T. Equação do 1º Grau em Livros Didáticos Sob a Ótica da Teoria Antropológica do Didático. Dissertação de mestrado, UEPB, 2011.

__________. Praxeologia do Professor: Análise Comparativa com Documentos Oficiais e do Livro Didático no Ensino de Equações Polinomiais do 1º Grau. Tese de doutorado, UFRPE, 2017.

BARBOSA, E. J. T.; LINS, A. F. (Bibi Lins). Equação do Primeiro Grau: Um Estudo das Organizações Matemáticas e Didáticas. In: Anais do XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática. Recife, PE, junho de 2011.

BATISTA, L. A. L. Limites de Funções de Uma Variável Real: Análise das Praxeologias Matemáticas e Didáticas Propostas em Livros Didáticos. Dissertação de mestrado, UFPE, 2019.

BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Matemática. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1997. v.3.

BRITO MENEZES, A. P. A. Contrato Didático e Transposição Didática: Inter-relações Entre os Fenômenos Didáticos na Iniciação à Álgebra na 6ª Série do Ensino Fundamental. Tese de doutorado, UFPE, 2006.

BROUSSEAU, G. (1986). Fondementes e Méthodes de la Didactique Dês Mathématiques. Recherche en Didactique Des Mathématiques, 7(2), 33-115.

CHEVALLARD, Y. Sur la Notion de Temps Didactique. IVème École d’Eté de Didactique Des Mathématiques, 1991.

__________. Analyse Des Pratiques Enseignantes et Didactique Des Mathematiques: L’Approche Anthropologique. Actes de l’U.E. de la Rochelle, 1998.

__________. Organiser l’Etude 1. Structures et Fonctions, in Dorier, J – L. Et al (eds) Actes de la 1 Lieme Ecole d’Ete de Didactique des Mathematiques – corps – 21 – 30 Aout 2001, Grenoble: La Pensée Sauvage, pp.3-22.

__________. L’Analyse Des Pratiques Enseignantes en Théorie Anthropologie Didactique. In: Recherches en Didactiques Des Mathématiques, 1999. p.221-266.

__________. In: Duperret J.C, Fenice J.C. L’Accès au Calcul Littéral et Algébrique: Um Enjeu du Collège. Repères IREM n° 34, 1999. p.29-54.

CHEVALLARD, Y.; BOSCH, M.; GASCÓN, J. Estudar Matemáticas: O Elo Perdido Entre o Ensino e a Aprendizagem. Tradução Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

HENRY, M. (1991). Didactiques Des Mathématiques: Sensibilizations à la Didactique en Vue de la Formation Initiale Dês Ensignants de Mathématiques. Laboratoire de Mathématiques – IREM, Besançon.

IEZZI, G.; MURAKAMI, C.; MACHADO, N. J. Fundamentos de Matemática Elementar: Limites, Derivadas e Noções de Integral. 5. ed. São Paulo: Atual, 2002. v.8.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. Tradução Antonio Paques; Otilia Teresinha W. Paques; Sebastião Antonio José Filho. 2. ed. São Paulo: Harbra, 1977.

NOGUEIRA, R. C. S. A Álgebra Nos Livros Didáticos do Ensino Fundamental: Uma Análise Praxeológica. Dissertação de mestrado, UFMT, 2008.

RAFAEL, R. C. Cálculo Diferencial e Integral: Um Estudo Sobre Estratégias Para Redução do Percentual de Não Aprovação. Dissertação de mestrado, UFJF, 2017.

SANTOS, M. B. S. Um Olhar Para o Conceito de Limite: Constituição, Apresentação e Percepção de Professores e Alunos Sobre o seu Ensino e Aprendizado. Tese de doutorado, PUC-SP, 2013.

SOUZA, V. C. A Origem do Cálculo Diferencial e Integral. Monografia de especialização, UCAM, 2001.

__________. Cálculo. Tradução EZ2Translate. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v.1.

__________. Cálculo. Tradução Helena Maria Ávila de Castro. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017. v.1.

SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com Geometria Analítica. Tradução Alfredo Alves de Faria. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. v.1.

TAVEIRA NETO, J. G. A Importância do Estudo do Cálculo Diferencial na Educação Básica. Dissertação de mestrado, UFT, 2016.

Downloads

Publicado

2020-08-27

Edição

Seção

Artigos