Procesos de (in)visibilización y construcción de normalidades
relaciones de poder y constitución de personas con discapacidad en libros de texto de matemáticas
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2025v27i5p256-284Palabras clave:
Educación matemática, Inclusión, Mecanismos de control del discursoResumen
¿Cómo se produce una imagen? Y más aún: ¿cómo se produce un sujeto? Este estudio parte de esas inquietudes al analizar y describir las prácticas discursivas que emergen del libro de texto de Matemáticas, instituyendo una forma específica de ser/concebir a la persona con discapacidad. El marco teórico-metodológico se ancla en los mecanismos de control del discurso y en las relaciones entre saber y poder, asumiendo el análisis del discurso como una herramienta para interrogar los regímenes de verdad que sustentan las configuraciones de la discapacidad en el contexto educativo. Tomamos como material empírico la colección A Conquista da Matemática, destinada a los últimos años de la educación primaria. Las evidencias que emergen del corpus analizado revelan una construcción imagética recurrente y limitada: la discapacidad es representada casi exclusivamente por personas usuarias de sillas de ruedas y personas con discapacidad visual (ceguera o baja visión). Otras corporalidades son silenciadas. Más aún: la ausencia de vínculo entre estas imágenes y las actividades pedagógicas revela una inclusión que no llega a concretarse, una presencia marcada más por la expectativa de cumplir un requisito que por un compromiso real con la diferencia, lo que evidencia una pseudo-integración de las diferencias en el contexto pedagógico y social, operando más como un gesto simbólico que como una práctica verdaderamente inclusiva. Lo que está en juego, entonces, no es tanto lo que se muestra, sino aquello que se permite ver.
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